Dólar SOBE de novo e passa a acumular ALTA na semana
O dólar subiu pela segunda vez consecutiva e reverteu o saldo semanal, que passou a ser positivo. Na sessão desta quinta-feira (30), os investidores repercutiram os dados da inflação nos Estados Unidos. No âmbito nacional, o principal dado econômico foi a divulgação de dados relacionados ao mercado de trabalho.
No pregão de hoje, o dólar subiu 0,57% e encerrou o dia cotado a R$ 4,9152. Com este novo avanço, a moeda americana saiu do campo negativo e agora acumula alta de 0,34% na semana. Nos últimos quatro pregões, houve três avanços, e a alta acumulada no período só não é mais expressiva devido à queda de 0,56% registrada na terça-feira (28).
Em novembro, o dólar acumula uma queda firme de 2,49%. O resultado sucede as altas de agosto (4,68%), setembro (1,55%) e outubro (0,28%), e mostra que a desaceleração observada nos últimos meses culminou na queda em novembro, ao menos até agora.
Já no acumulado de 2023, a divisa tem um recuo ainda mais intenso, de 6,87% no ano. Inclusive, a queda anual chegou a atingir 11% em julho, mas as preocupações com o exterior impulsionaram o dólar nos últimos meses. Assim reduziu boa parte das perdas acumuladas nos meses anteriores.
Inflação nos EUA vem em linha com o mercado
Nesta quinta-feira (30), houve a divulgação do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) nos EUA de outubro. O indicador se manteve estável no mês, em relação a setembro, abaixo das projeções de analistas (0,2%).
Por sua vez, o núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu 0,2% no mês. Nesse caso, o avanço veio em linha com as projeções do mercado, número que reforça a política adotada pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, em relação aos juros no país.
A propósito, o Fed analisa o PCE para tomar suas decisões sobre os juros no país. Por isso, a inflação em linha com as estimativas do mercado sinalizam que o Fed deverá manter os juros inalterados ao menos por mais três reuniões, como projeta o mercado.
PIB dos EUA sobe mais que o esperado
Na véspera (29), os investidores repercutiram a divulgação de dados prévios do PIB dos EUA. No terceiro trimestre deste ano, a economia americana cresceu 5,2%, na base anual, surpreendendo os analistas, que esperavam uma alta de 4,9% entre julho e setembro.
Esse crescimento significativo da economia norte-americana reflete a recuperação da atividade do país. Isso é um sinal positivo, pois mostra que a maior economia do mundo está crescendo fortemente. No entanto, esse avanço não foi apenas comemorado pelo mercado.
Na verdade, a alta expressiva também causou certa apreensão nos investidores, que temem o avanço dos juros no país. A saber, o principal objetivo dos juros elevados é reduzir o poder de compra do consumidor para desaquecer a demanda e, assim, esfriar a economia. Dessa forma, a inflação perde força, já que a demanda se retrai.
Em outras palavras, quanto mais forte estiver a economia norte-americana, mais alta tende a ficar a inflação, pois indica maior poder de compra dos consumidores. Entretanto, como o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, tem a missão de controlar a inflação no país, a entidade pode manter os juros elevados para que a taxa inflacionária não suba mais do que deveria.
Também vale destacar que a demanda por dólar costuma crescer no final do ano. Assim, a moeda se valoriza, atraindo mais investidores, que deixam as divisas de países emergentes de lado, como o real brasileiro.
Desemprego no Brasil está no menor nível desde 2015
Nesta quarta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Continua). De acordo com o levantamento, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,6% no trimestre móvel de agosto a outubro.
Essa é a menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015, quando a desocupação estava em 7,5%, ou seja, em quase nove anos. Isso evidencia os grandes resultados conquistados no primeiro ano do governo Lula.
No período, a população desocupada totalizou 8,3 milhões de pessoas no país. Isso representa uma queda de 3,1% em relação ao trimestre anterior (menos 261 mil pessoas) e uma redução de 8,5% em um ano (menos 763 mil pessoas desocupadas).
Por sua vez, a população ocupada somou 100,2 milhões no período, número 0,9% maior que o do trimestre móvel anterior (mais 862 mil pessoas). O número da população ocupada atingiu o recorde da série histórica, iniciada em 2012, e superou pela primeira vez a marca de 100 milhões.