Os distúrbios de aprendizagem são visíveis em todas as fases do ensino, em alunos de escolas públicas ou particulares. De acordo com o Ministério da Educação, aproximadamente 5% dos matriculados rede básica de ensino do Brasil possui algum dos transtornos.
Esse é um tema que demanda um olhar aprofundado das escolas e dos educadores de modo geral.
Afinal, transtornos de aprendizagem não decorrem de problemas externos no que se refere à educação em si, como falta de estudo, por exemplo.
Eles são resultantes de falhas cognitivas, as quais podem prejudicar bastante o desenvolvimento em toda a trajetória escolar caso não haja um tratamento especializado. Segundo especialistas, alguns desses problemas podem ser ocasionados por histórico de violência em casa e outros traumas.
Vale dizer que há diversos tipos distúrbios de aprendizagem, que acompanham os alunos até mesmo nas universidades e outras especializações. Portanto, é algo inerente e que precisa ser trabalhado em conjunto para que a absorção de conteúdos seja menos traumática e eficiente.
Conheça os 6 tipos principais dos distúrbios de aprendizagem:
Dislexia
É um dos distúrbios de aprendizagem mais comuns no Brasil – cerca de 2 milhões de pessoas são diagnosticadas com o problema todos os anos.
Representa a dificuldade com o universo da leitura. Não é algo a ver com a visão, mas sim com a absorção e entendimento das letras, sílabas e palavras em si.
Alguns estudantes podem apresentar lentidão na aprendizagem de novos vocábulos, na escrita e até mesmo na fala.
Disgrafia
A disgrafia consiste em um transtorno relacionado à aprendizagem formal da escrita. Pode não haver dificuldade em ler, mas na hora de passar para o papel mostram insegurança.
Alunos com esse distúrbio geralmente apresentam erros recorrentes de omissão de letras ou palavras, de ortografia e gramática, além de inversão de letras e sílabas.
Pode ocorrer ainda a lentidão no sistema motor, deixando o processo da escrita mais dificultoso.
Discalculia
Transtorno relacionado à dificuldade em trabalhar com números. Há diversos graus, que envolvem falhas na organização, classificação e realização de operações numéricas. Ou seja, é um distúrbio bastante diagnosticado nas aulas de matemática.
Tal problema tem origem neurológica, mas não é considerada uma deficiência mental. Professores podem trabalhar uma forma diferenciada de ensinar a disciplina.
Dislalia
Menos conhecido entre os distúrbios de aprendizagem, mas que afeta muitas crianças. A dislalia está ligada a dificuldades e bloqueios na fala. Dessa forma, os alunos apresentam fala confusa, trocam sílabas e sons das devidas letras na língua portuguesa.
Fonoaudiólogos são os profissionais que estão aptos a diagnosticar o problema junto aos pais e educadores.
Disortografia
Trata-se de um transtorno que surge geralmente em conjunto com a dislexia e é mais ampla do que a disgrafia.
Está também relacionada à linguagem, consistindo em falta de motivação para aprender a língua, principalmente escrita e problemas em associar orações, pontuações, acentuações, etc. Envolve sobretudo a insistência em erros gramaticais.
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Talvez um dos mais conhecidos distúrbios de aprendizagem, o TDAH é caracterizado pela dificuldade em se manter concentrado em atividades corriqueiras, além de inquietação constante e comportamentos impulsivos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 2 milhões de brasileiros são diagnosticados com o transtorno todos os anos. Ou seja, é bastante comum. Trata-se de uma disfunção de ordem genética.
Esses são os seis distúrbios de aprendizagem mais comuns no mundo todo e que afetam crianças e adultos. Sem tratamento contínuo, juntamente às instituições de ensino, a qualidade de vida dessas pessoas ficam bastante prejudicadas.
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