Retomada da economia gera dúvida após fim do auxílio emergencial

Economistas criaram três cenários para o futuro do auxílio e o impacto de cada um no PIB

Nos últimos índices divulgados, o governo se surpreendeu positivamente com os indicadores de atividade econômica. Em sua maioria, as medidas de suporte à renda, como o auxílio emergencial, foram o motivo dos indicadores positivos. Por isso, o debate das contas públicas e do desempenho econômico do país sempre passa pelo auxílio.

Nas últimas semanas, diversos economistas afirmaram que, com o fim do auxílio emergencial, a continuidade da boa reação da economia do Brasil pode ficar em risco. Atualmente, o benefício é pago para mais de 66 milhões de brasileiros.

A manutenção do auxílio tem impacto direto no quadro fiscal e na resposta da economia aos efeitos da pandemia do novo coronavírus. A afirmação foi dita por Luis Otavio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil, ao Valor Investe. Ele, Daniel Xavier Francisco e Daniel Lima, também economistas, preveem três cenários para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020.

O cenário mais pessimista diz respeito ao fim do auxílio emergencial de R$ 600 já em agosto, após o pagamento da quinta parcela. Neste cenário, o PIB sofreria recuo de 6,1% neste ano. Se o auxílio for pago até dezembro, com R$ 200 a cada parcela adicional, o recuo do PIB seria de 5,3%. E o terceiro e último cenário, o mais otimista, supõe que a prorrogação do auxílio mantendo as parcelas em R$ 600 faria o PIB recuar em 4%.

O auxílio emergencial impediu que mais de 20 milhões de brasileiros caíssem no índice de pobreza.

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