Especialistas avaliam que medidas do governo para retomar economia são ‘tapa-buracos’

A crise causada pela pandemia do novo coronavírus fez com que grande parte dos países aumentassem suas despesas de urgência para auxiliar as áreas da saúde e da economia. No Brasil, já foram gastos mais de R$ 600 bilhões de reais. Entre os principais gastos se destaca o auxílio emergencial.

Além do auxílio emergencial, o governo também gastou com programas de crédito às empresas, repasses na área de saúde e apoio a Estados e municípios. O aumento dos gastos, aliado à menor atividade econômica, fez com que o Instituto de Finanças Internacionais (IIF) decretasse o Brasil como país campeão em déficit entre os emergentes no relatório de outubro. Já em abril, os dados do instituto revelaram a diferença do Brasil quando comparado aos demais emergentes.

Nos sete primeiros meses de 2020, o rombo foi de cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e a projeção é de que, até o fim do ano, o déficit seja de cerca de 12,5%. Ano passado, foi de 0,9%. Apesar disso, especialistas ouvidos pelo El País afirmam que as medidas que o governo adotou até agora para diminuir o rombo são apenas tapa-buracos e não garantem a saúde das contas públicas.

A crise que o Brasil está passando ainda tem duração indeterminada e, por isso, o governo tem vivido impasse sobre como desenhar o futuro do auxílio emergencial e saídas para o seu fim. O auxílio chegou a quase metade dos lares brasileiros e tem segurado um crescimento ainda maior da taxa de desemprego. O desafio agora é encontrar uma saída de financiamento do Renda Cidadã, que deve entrar em vigor após o fim do auxílio e substituir o Bolsa Família, sem estourar o teto de gastos.

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