Casos de irregularidades se multiplicam no pagamento do auxílio de R$ 600

Casos de irregularidades são constantes desde o início do benefício

Desde que foi lançado e iniciou os pagamentos, o auxílio emergencial de R$ 600 tem sido alvo de denúncias de fraudes e irregularidades. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), 8,1 milhões de brasileiros podem ter recebido o benefício de R$ 600 indevidamente.

Com o número, o governo federal pode ter gastado R$ 3,6 bilhões por mês para pagar quem não cumpre os requisitos. Para comparação, o Bolsa Família representa um gasto de R$ 2,5 bilhões por mês para o governo. E os motivos de irregularidades variam: vão desde quem pede o auxílio mesmo tendo conhecimento que não cumpre aos requisitos a pessoas que usam CPF de outras pessoas, além de falhas do Executivo.

Quando, em maio, a 1ª parcela foi paga, foi divulgado o primeiro de vários casos de fraude. Na época, foi divulgado pelo Ministério da Defesa que mais de 73 mil militares tinham recebido o benefício indevidamente. O valor do auxílio, por determinação do Tribunal de Contas da União, seria devolvido sendo retirado dos salários desses militares.

O governo federal não divulga uma estimativa de quantos brasileiros receberam o auxílio emergencial indevidamente. Para identificar fraudes, foi criada parceria do Ministério da Cidadania com o Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União.

A CGU informa que o número de fraudes não é divulgado por ser um trabalho ainda em curso. No fim do mês passado, foi divulgado que estavam sendo investigados 160 mil casos de irregularidade.

Quem recebe o auxílio indevidamente deve devolver o dinheiro ao governo. Para facilitar, foi criado site para devolução do valor. Nele, basta informar o CPF e optar por uma das opções de ressarcimento. Pode ser criada um Guia de Recolhimento da União (GRU), pago no Banco do Brasil, ou boleto bancário, que pode ser pago em qualquer banco.

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