Analistas avaliam que fim do auxílio pode acabar com capital político de Bolsonaro

Auxílio emergencial ajudou Bolsonaro a dialogar mais com regiões em que tem mais rejeição

O auxílio emergencial de R$ 600 ganhou seu formato contra o desejo do Planalto. Ainda assim, o benefício foi responsável por ser um ponto positivo do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entre as diversas crises que enfrentou.

De acordo com o portal UOL, analistas avaliam que o auxílio emergencial de R$ 600 ajudou a melhorar a imagem de Bolsonaro, principalmente entre os mais pobres. Ainda assim, analistas avaliam que o fim do auxílio deve acontecer com uma transição suave, para não acabar com todo o capital político que o presidente ganhou até agora.

Nesta semana, o presidente afirmou que “não dá para continuar muito” o pagamento do auxílio. De acordo com ele, cada mês de auxílio tem um custo de R$ 50 bilhões. “A economia tem que continuar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, reclamou ele na ocasião.

Adriano Oliveira, cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirma que o auxílio está permitindo maior estabilidade entre famílias e, no Nordeste, crescimento. A única região brasileira em que Bolsonaro perdeu no segundo turno foi o Nordeste.

O presidente pode concorrer à reeleição em 2022 e o auxílio pode ser utilizado como bandeira do governo. De acordo com Ricardo Ismael, cientista político e professor da PUC-Rio também ouvido pelo UOL. o presidente ainda tem rejeição na região, porém começou a dialogar mais com esse eleitorado.

Atualmente, o governo cogita prorrogar o auxílio mais uma vez, até o fim de 2020. Entretanto, as novas parcelas devem ser menores que os atuais R$ 600.

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