Dicas para o ENEM: Como não errar os processos de formação de palavras

A formação de palavras de uma língua é um processo longo que sempre segue alguns padrões. Radical, primitivo, derivado e híbrido são alguns termos que remetem a esses modos de criação.

A combinação de morfemas (menor unidade linguística que possui significado) para gerar novos vocábulos é um dos assuntos presentes na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Você sabe como identificá-las?

A partir de agora, você vai entender quais são os processos de formação de palavras presentes na língua portuguesa. Além disso, conhecerá como são as questões do ENEM que abordam esse assunto.

Processos de formação de palavras

Em primeiro lugar, é importante explicar sobre o ENEM. Ele é um exame anual que aborda as quatro grandes áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências sociais, além de uma prova de redação.

Por mais que haja muito conteúdo para fixar, os processos de formação de palavras são assuntos de fácil percepção. Ainda assim, é preciso que você estude com esforço, dedicação e concentração.

Desde já, a nossa língua é composta por dois processos básicos: a derivação e a composição. Entretanto, existem outros que não são frequentes, como hibridismo, abreviação, reduplicação e sigla.

Derivação

A princípio, a derivação é o processo de formação mais complexo. Nela, a geração de um novo termo acontece a partir de uma única palavra simples ou radical. Assim, a junção de afixos (prefixo e sufixo) a esses morfemas cria um vocábulo com significado próprio.

Existem seis tipos diferentes de derivação:

  • prefixal – consiste em acrescentar um prefixo a um radical (leal – desleal / fazer – refazer / feliz – infeliz); 
  • sufixal – ocorre ao adicionar um sufixo à raiz de uma palavra (real – realmente / açougue – açougueiro / malvado – malvadão / amor – amorzinho);
  • prefixal e sufixal – decorre do acréscimo de um prefixo e um sufixo ao mesmo tempo (infelizmente / deslealdade); 
  • parassintética – forma novas palavras com a junção de prefixos e sufixos ao mesmo tempo, de forma que o vocábulo não exista sem a presença de um dos morfemas (manhã – amanhecer / alma – desalmado);
  • regressiva (ou deverbal) – consiste na mudança da terminação verbal pelas vogais a, e ou o, que resulta em um substantivo abstrato (falar – fala / perder – perda / enlaçar – enlace). Quando o resultado é um nome concreto, o verbo é que deriva dele (dispensa – dispensar / âncora – ancorar);
  • imprópria – altera a classe gramatical da palavra, sem mudar sua estrutura (Adoro o cantar [verbo com papel de substantivo] dos pássaros / Assistimos a um filme monstro [substantivo com papel de adjetivo]). 

Composição

É o processo pelo qual novos vocábulos são formados a partir da ligação de palavras ou radicais existentes na língua. Dessa forma, existem duas maneiras pela qual a composição se dá:

  • Justaposição – quando os itens não sofrem mudança gráfica ou fonética (guarda + chuva = guarda-chuva / roda + pé = rodapé / gira + sol = girassol);
  • Aglutinação – quando pelo menos um dos itens formadores passar por alteração fonética ou gráfica (plano + alto = planalto / perna + alta = pernalta / vinho + acre = vinagre).

Hibridismo

O hibridismo é um processo parecido com a composição, a diferença fica a cargo da etimologia do termo original, ou seja, quando os elementos pertencem a línguas diferentes. Alguns exemplos bem comuns:

  • psico (grego) + motor (latim) = psicomotor;
  • socio (latim) + logia (grego) = sociologia;
  • buro (francês) + cracia (grego) = burocracia;
  • mono (grego) + cultura (latim) = monocultura.

Abreviação 

Atualmente, esse é um método de formação muito comum no cotidiano dos falantes de português. A abreviação, também chamada de redução, consiste em utilizar parte de uma palavra para se referir a um todo, como em:

  • pneu – pneumático;
  • tevê (TV) – televisão;
  • quilo – quilograma;
  • moto – motocicleta;
  • metrô – metropolitano.

Reduplicação

Na reduplicação, também conhecida como duplicação silábica, ocorre a repetição de consoantes ou vogais na geração de uma vocábulo que imita algo. 

É nesse método que se encaixam as palavras que representam sons, chamadas de onomatopaicas. Por exemplo:

  • bombom;
  • zum-zum;
  • pingue-pongue;
  • tique-taque;
  • reco-reco;
  • tico-tico.

Sigla

Esse processo é bem simples. Ele se refere, como o próprio nome diz, às siglas que representam uma instituição, entidade ou associação. Em linhas gerais, elas são geradas a partir das letras iniciais de cada nomenclatura, como:

  • ONU – Organização das Nações Unidas;
  • Detran – Departamento de Trânsito;
  • MEC – Ministério da Educação;
  • UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro;
  • PUC – Pontifícia Universidade Católica.

Agora que você já conhece todos os processos de formação de palavras, chegou o momento de planejar seus estudos para as provas.

Por fim, deixe aqui seu comentário e aproveite para conferir mais dicas sobre o ENEM e outros vestibulares.

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