Dia do Fico: D. Pedro decide ficar no Brasil - Notícias Concursos

Dia do Fico: D. Pedro decide ficar no Brasil

Dia do Fico: um resumo!

O Dia do Fico, termo utilizado para denominar o dia 9 de janeiro de 1822, é um dos episódios mais importantes de toda a história brasileira.

Dessa maneira, não é de se surpreender que o assunto seja cobrado com uma enorme frequência nas principais questões de história do Brasil do país.

Entre as provas que mais abordam o Dia do Fico e a consequente independência do Brasil podemos citar os vestibulares, os concursos que abordam questões de história e a prova do ENEM.

Dia do Fico: Definição

O termo “Dia do Fico” se refere ao dia 09 de janeiro do ano de 1822. Essa data foi nomeada dessa forma uma vez que D. Pedro I, príncipe regente do Brasil na época, não acatou as ordens da Corte Portuguesa para que voltasse a Portugal, anunciando que ficaria no Brasil.

Dia do Fico: Antecedentes Históricos

D. João VI, pai de D. Pedro, já havia retornado para Portugal devido à fortes pressões dos liberais portugueses e à ameaça ao seu trono.

Porém, a corte portuguesa também desejava a volta de D. Pedro I. Isso porque, caso o filho de D. João retornasse às terras lusitanas, o Brasil voltaria para a sua condição de colônia, o que daria para Portugal uma maior vantagem alfandegária, além do Pacto Colonial, que beneficiava a Metrópole. Vale lembrar que desde o ano de 1815 o Brasil se encontrava na condição de reino, parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Os liberais portugueses se articularam em protestos e organizaram um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas a favor do retorno de D. Pedro.

Porém, D. Pedro I decidiu que não voltaria e, em meio a pressão dos dois lados, declarou a sua célebre frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.”

Dia do Fico: Interesses e consequências

Existiam vários interesses envolvidos na decisão que poderia ou não tornar o Brasil uma nação independente de Portugal. Os comerciantes e os liberais portugueses sabiam que conseguiram altos lucros com a volta do Brasil à condição de colônia, pois iriam comercializar os seus produtos sem pagar impostos e poderiam, além disso, contar com uma grande quantidade de mão-de-obra (aquela dos escravos).

Porém, os brasileiros, entre eles padres, jornalistas, latifundiários, funcionários públicos e pesquisadores, se colocavam contra a volta à condição de colônia, uma vez que isso prejudicaria profundamente a economia do país, e contra a volta do príncipe regente para Portugal. É justamente nesse contexto que nasce o primeiro partido político do país, organizado pelos indivíduos supracitados: o Partido Brasileiro.

Para exigir o retorno imediato do príncipe, dois mil soldados militares enviados pela corte portuguesa e comandados por Jorge Alvilez se concentraram no Morro do Castelo, no Rio de Janeiro. Porém, as tropas foram cercadas por cerca de dez mil brasileiros armados da Guarda Real da Polícia.

No mesmo dia, 09 de janeiro, na varanda do Paço Real, D. Pedro comunicou sua decisão à população que o assistia e aguarda uma decisão: o príncipe regente ordenou a volta do exército lusitano para Portugal, uma vez que ele havia decidido permanecer no Brasil. Ele declara: “Digam ao povo que fico.”

Dia do Fico: Independência

Oito meses depois, diante das contínuas pressões portuguesas, a esposa do príncipe, Dona Leopoldina, assinou uma declaração efetivando a separação do Brasil de Portugal, uma vez que o seu marido enquanto estava em viagem. O príncipe foi informado dessa decisão tomada por sua esposa às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro, e gritou a famosa frase: “Independência ou morte”, que entraria para história como o episódio do Grito do Ipiranga.

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