De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego em todo o país ficou em 9,3% no segundo trimestre de 2022. É o menor valor para o período desde 2015. Segundo as informações do instituto, estes valores vêm caindo nos últimos tempos desde o pico de 2021, quando foi de 14,2%.
No entanto, o saldo positivo não tem tido influência nos salários dos trabalhadores. O rendimento médio em junho ficou em R$2.652, caindo 5,1 % na estimativa anual. Um ponto positivo é o fato de que o rendimento dos brasileiros vem crescendo desde dezembro de 2021.
Ademais, se formos comparar o resultado histórico, a renda dos trabalhadores ainda está bem abaixo dos valores relacionados a 2012. Isso quer dizer que os ganhos dos brasileiros ainda estão em um menor patamar do que há uma década. Já a massa salarial, que consiste na soma de todos os rendimentos, vem apresentando uma alta de 4,4% em relação ao trimestre anterior, com R$255,7 bilhões.
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Trabalhadores subutilizados
O número de trabalhadores incluídos na classificação de mão de obra desperdiçada ou subutilizada apresentou um número expressivo. Desse modo, de acordo com as informações do IBGE, são cerca de 24,7 milhões de pessoas que estão desempregadas, que trabalham menos horas, que não buscam empregos e outras que gostariam de trabalhar. Entretanto, o índice é o menor desde 2016.
Espera-se que a criação de vagas continue em alta e que apresente um quadro favorável nos próximos meses, mas a ociosidade ainda é muito alta, além de que a renda do trabalhador não vem acompanhando o crescimento no número de empregos. A alta da inflação também vem gerando preocupação, pois acerta em cheio o bolso do trabalhador.
A desocupação de 10,1 milhões de pessoas gera preocupação ao Palácio do Planalto. O Governo Federal criou este ano inúmeros programas sociais em busca de um alento ao bolso dos brasileiros. Entretanto, o poder aquisitivo dos cidadãos vem caindo por conta da alta inflacionária e dos juros altos.
O trabalho informal bateu recordes, chegando a 39,9 milhões de pessoas, o maior valor desde 2015. Mas em relação ao primeiro trimestre do ano, houve um recuo de 1%, atingindo 40% dos brasileiros no segundo trimestre. Existem atualmente, 13 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada no setor privado.
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Mercado atual
Em relação ao mercado de trabalho, os números são positivos. A população ocupada no país é a maior desde 2012. No segundo trimestre deste ano, subiu 3,1% se comparado com o período anterior, com um crescimento de três milhões de pessoas. No total há 98,3 milhões de cidadãos ocupados no país. Ao todo, no ano, houve um crescimento de 9,9%, o que significa um aumento de 8,9 milhões de pessoas trabalhando.
Sobre os empregos formais, foi constatado que 35,8 milhões de pessoas trabalham no setor privado com carteira de trabalho. Esse número representa uma alta de 2,6% relativa ao primeiro trimestre de 2022, ou seja, um acréscimo de 908 mil pessoas. Em relação a 2021, houve uma alta de 11,5%, 3,7 milhões de pessoas.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país gerou 277.944 empregos com carteira assinada em junho deste ano. No período, foram 1.898.876 contratações e 1.620.932 desligamentos. É o terceiro mês de alta. Em relação a 2022, houve um aumento de 1.334.791 empregos.
Poupança: novos conceitos no seu planejamento financeiro
O mercado financeiro já havia sinalizado em suas projeções, um crescimento no número de vagas de emprego em todo o país. Era previsto uma abertura total de 200 a 300 mil contratações no território nacional.
O saldo positivo englobou vários setores da economia como serviços, com 124.534 novas vagas, comércio, com 47.176 contratações, indústria geral com 41.517 vagas, agropecuário, com 4.460 novos empregos e construção, com 30.257 novas vagas.
Em conclusão, o desemprego vem diminuindo no país após o auge da crise de covid, onde milhões de pessoas perderam as suas ocupações. Aos poucos a economia vem se recuperando, embora a renda da população em geral continue em baixa, principalmente por conta da inflação.