A população que está “ocupada” no mercado de trabalho formal alcançou um nível histórico. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego recuou para o menor patamar desde o ano de 2015. Com o desemprego caindo para 8,3%, como foi apontado pelo IBGE, a economia mostra sinais mais otimistas para o início de 2023.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o país chegou ao final do último mês com cerca de 9 milhões de pessoas que se encontram em situação de desemprego. Trata-se de um patamar mais positivo, já que corresponde ao menor contingente desde outubro de 2015.
Já em relação à população que se encontra atualmente inserida no mercado de trabalho, o IBGE constatou que esse número já se aproxima de 100 milhões de pessoas, um novo recorde desde a série histórica que começou em 2012.
O que pode explicar o momento de queda do desemprego?
Este momento de crescimento da ocupação já está ocorrendo desde o segundo semestre de 2021. Com os últimos meses do ano chegando, esse é um período em que historicamente o Brasil costuma gerar um maior número de empregos. E essa tendência também está se mantendo para 2022.
No comparativo com o mesmo trimestre em 2021, a taxa de desemprego recuou 3,8 pontos percentuais, enquanto o número de pessoas que saiu da condição de desocupação registrou queda de 3,9 milhões, que correspondente a um recuo de 30,9%.
O nível da ocupação alcançou os 57,4% e se refere ao percentual de pessoas ocupadas que já possuem idade para trabalhar.
Trabalhadores com carteira assinada segue em alta
De acordo com a pesquisa do IBGE, o número de empregados que atuam com carteira de trabalho assinada também vem mantendo uma positiva trajetória de crescimento no trimestre encerrado em outubro de 2022.
No comparativo com o mesmo período do ano passado, o número total de trabalhadores com carteira assinada, tanto para o setor público como privado, era de 36,4 milhões, passando para os atuais 39,3 milhões.
O índice registra alta há mais de um ano, mostrando que não apenas o mercado de trabalho se encontra em expansão numérica, mas que também esse crescimento vem sendo observado na quantidade de empregos formais em relação à população que se encontra ocupada.
Outro recorde histórico positivo que foi atingido está no número de trabalhadores ocupados no setor público, chegando a 12,3 milhões de pessoas, com um aumento de mais de 1 milhão de postos de trabalho no último ano.
Informalidade ainda está alta
Apesar dos números que mostram um recorde no número de trabalhadores com carteira assinada, a informalidade ainda assim se manteve em um patamar elevado. A taxa de informalidade ficou em 39,1%, representando um total de aproximadamente 39 milhões de trabalhadores.
Nos critérios do IBGE, é considerado um trabalhador informal aquele que esteja empregado no setor privado sem carteira assinada, ou mesmo para um doméstico que atue fora da CLT. Também estão incluídos aqueles que trabalham com o registro com um CNPJ, por meio da categoria MEI.