A sociedade atual apresenta um cenário onde existe um consumo massivo e constante de informações por toda a população mundial. A princípio, com a tecnologia, há uma busca por maior velocidade e um consumo desenfreado. As redes sociais e a internet estimulam essa rapidez e, em muitos casos, podem ser prejudiciais.
Esse impacto negativo pode se dar na saúde física e mental das pessoas. De fato, a tecnologia possui dois lados. O primeiro, proporciona a uma grande parte da população, uma facilidade de consumo e a possibilidade de realização de inúmeras atividades no dia a dia da pessoa. Entretanto, há um gasto de atenção e de energia.
Todavia, as redes sociais estão presentes na rotina das pessoas, seja por questões pessoais, ou ainda, profissionais. A hiperconectividade gera um impacto exponencial em seus usuários. Ao utilizar essas plataformas, o usuário acaba se comparando a seus contatos e em muitos casos, pode ter problemas relacionados.
Analogamente, a dependência e a utilização em excesso das redes sociais e outras plataformas tecnológicas, pode causar alguns transtornos mentais, como por exemplo, a depressão e a ansiedade. No entanto, é difícil fugir dessas inovações e conexões entre as pessoas através da internet, já que elas fazem parte da nossa vida.
As redes sociais e a saúde mental
De acordo com o relatório Digital in 2022: Brazil, da Hootsuite e da We are Social, os brasileiros passaram em média mais de 10 horas por dia na internet. Neste cenário, foram 3 horas e 40 minutos nas redes sociais. Um estudo da Comscore, apontou que o Brasil é o 3º país que mais consome redes sociais no mundo.
Ademais, são mais de 131.506 milhões de contas ativas no país. Deste total, cerca de 127,4 milhões são usuários únicos de redes sociais, ou seja, 96,9%. O uso excessivo dessas plataformas virtuais pode ter como consequência, o desenvolvimento de inúmeros problemas de saúde, físicos e, ainda, mentais.
Entre as causas para esse impacto nos usuários de redes sociais, podemos destacar a comparação social, cyberbullying, exposição a notícias negativas, isolamento social e falta de interações sociais no mundo real. Desse modo, pode desencadear a depressão, ansiedade, baixa auto-estima, dependência, etc.
Esses transtornos mentais, de saúde, podem ser desencadeados pelos chamados “gatilhos mentais”. São agentes externos que buscam fazer com que uma pessoa tenha uma reação e tirá-las de sua zona de conforto. Podemos citar, neste caso, a comparação social, tão presente nos dias atuais, nas diversas redes sociais.
Cultura de comparação
Dessa maneira, as redes sociais fomentam a chamada cultura de comparação. Os usuários das plataformas acabam por sentir a necessidade de comparar as suas vidas e conquistas pessoais e profissionais, a de outras pessoas. De fato, isso pode causar uma baixa auto-estima, sentimento de inadequação e também a ansiedade.
Outro fator que influencia na saúde mental dos usuários de redes sociais em todo o mundo, é a sua exposição a inúmeras notícias negativas. Podemos citar os desastres naturais, violência, crises políticas, e eventos estressantes. A pessoa pode, dessa forma, ter crises de ansiedade, depressão e estresse emocional.
De acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, 11,3% dos cidadãos brasileiros já disseram ter recebido um diagnóstico de depressão. Aliás, as redes sociais podem conectar as pessoas de uma maneira virtual, remotamente. Mas o uso excessivo dessas plataformas, podem fazer com que elas tenham um quadro sério de isolamento social.
Em síntese, a dependência das redes sociais prejudicam de maneira expressiva as interações face a face, ocasionando sérios problemas mentais. Podemos destacar a solidão, depressão e ansiedade social. Contudo, participar dessas plataformas ativamente não significa que a pessoa terá um problema sério de saúde mental.
Uso moderado
O uso excessivo das redes sociais é que pode causar inúmeros problemas de saúde. É preciso saber utilizar as plataformas de maneira saudável, definir alguns limites, seguir pessoas e conteúdos positivos. É importante que o usuário não se compare aos seus contatos, e também controle o tempo gasto na internet.
Em conclusão, a pessoa deve ter um certo equilíbrio no tempo imerso nas redes sociais e fora da internet. É importante que os usuários consigam desenvolver habilidades emocionais. Caso for necessário, o ideal é que se busque por uma ajuda profissional, no caso de a tecnologia afetar a sua saúde mental como um todo.