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EAD no pós-pandemia: Desafios que serão enfrentados pelo Brasil

Em tempos de pandemia, quando o assunto é educação o que mais se destaca é o EADEnsino a Distância. Apesar de já estar em voga no Brasil há anos, só agora parece ter ganhado mais notoriedade.

Afinal, com a necessidade de distanciamento social – não se sabe ainda por quanto tempo -, nasceu uma discussão intensa sobre o futuro das aulas em escolas básicas, universidades, cursos técnicos, entre outros meios de aprendizado.

Mas será que o EAD está pronto para ser abraçado assim por tanta gente? E a população, será que está preparada para estudar predominantemente de forma online?

Cisma brasileira com o EAD

Uma das dificuldades enfrentadas no Brasil para a expansão do EAD é o preconceito com a modalidade.

Ainda há um receio grande da sociedade com as aulas que são transmitidas através de gadgets, como computador, tablet ou smartphone. Muito pelo fato de que não há contato humano. Muitos acreditam que os conteúdos não serão confiáveis e nem mesmo absorvidos da maneira correta.

Ao mesmo tempo,  também existe o famoso “pé atrás” sobre o nível de formação de profissionais por meio de universidades a distância. Apesar de não ser uma novidade, é o tipo de ensino menos conhecido por todos, então é normal que haja essa insegurança.

Uma discussão bem relevante, porém, é sobre cursos que necessitam obrigatoriamente de aulas práticas presenciais. Como é o caso da medicina, odontologia, engenharia, entre outros cursos de graduação que pedem uma formação baseada em experiência e não só em teoria.

Pouco acesso à tecnologia

Outro fator que impede o EAD de se tornar algo tão viável no Brasil é o pouco ou nenhum acesso que boa parte dos brasileiros têm à tecnologia. Para se ter uma ideia, um em cada quatro pessoas não estão conectadas à web, de acordo com o IBGE.

Esse déficit tecnológico afeta não só os adultos que desejam realizar uma graduação EAD, mas também crianças e jovens que estão enfrentando a pandemia longe de suas escolas.

Sendo assim, quando se pensa em “novo normal” com aulas digitais mesmo após passar o período de alto contágio de Covid-19, não dá para se pensar na educação a distância em nível macro.

Necessidade de investimentos

Especialistas em EAD preveem que será inevitável o aumento de investimentos na modalidade a partir deste ano. Se antes a educação a distância era majoritariamente particular, agora, com a pandemia eclodiu a urgência de criar meios de aprendizados públicos não-presenciais.

As escolas fechadas já mostram o quão deficitário é o sistema de EAD na educação pública. Também há a falta de preparo dos professores, que se sentem desamparados com os sistemas de tecnologia de qualidade mediana.

Fato é que há muito o que pensar a respeito da nova era da educação daqui para a frente.

E você, acredita que o EAD pode dar certo em um Brasil pós-pandemia?