O ministro da Economia, Paulo Guedes, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro na noite desta sexta-feira (05). Ele disse que o aconteceu foi na verdade “infelicidade” e que não teria sido intencional do presidente não deixar claro a dimensão da Covid-19 e da vacinação.
Entenda abaixo o que disse o presidente no dia anterior e em qual situação.
Guedes também deixou claro que defende a vacinação em massa contra a Covid-19 e Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial como soluções para economia.
“Nós não podemos deixar a economia se desorganizar, é muito importante isso. Essa mensagem que o tempo inteiro o presidente tem tentado passar também, que, talvez, por infelicidade, não deixou claro o problema da saúde, da vacinação em massa”, disse o ministro, ao lado do relator da PEC , deputado Daniel Freitas (PSL-SC).
“Mas a agonia dele com a economia é justamente a seguinte: se você der o auxílio, chegar lá, a prateleira estiver vazia, todo mundo com dinheiro na mão, a inflação, falta de alimentos. Então, temos que manter os sinais vitais da economia funcionando, como fizemos no ano passado”, disse Guedes
O presidente Jair Bolsonaro deu declarações polêmicas a cerca do distanciamento social nesta quinta-feira (05). Ele chegou a mencionar “frescura” e “mimimi”. A declaração foi dada em um evento em São Simão, sudoeste de Goiás. Foram dessas falas que Guedes saiu em defesa pelo presidente, que foi duramente críticado.
A fala do presidente aconteceu um dia depois de o estado registrar recorde de pessoas que foram a óbito por complicações da Covid-19.
Mais cedo, nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em Uberlândia (MG) que “tem idiota” que pede ao governo que compre mais vacinas contra a Covid-19.
“Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, disse o presidente.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) de Goiás, até esta quinta-feira o número de óbitos devido a Covid-19 ultrapassou 8,7 mil. Ao menos três variantes do vírus já foram identificadas.
“O estado é de calamidade. O sistema de saúde nunca esteve tão pressionado. Sem dúvida, estamos no momento mais crítico que a saúde vive desde o início da pandemia”, destacou o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.
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