Cresce pagamento de auxílios para quem tem doenças psicológicas
De acordo com dados oficiais, pandemia fez crescer número de pessoas que precisam de auxílios por terem doenças psicológicas
Aparentemente a pandemia do novo coronavírus fez crescer o número de pessoas com doenças psicológicas das mais diversas naturezas. E um dos dados que comprovam isso saiu nesta semana. De acordo com um levantamento, aumentou o número de usuários que recebem o auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por esse motivo.
E quem está mostrando isso é o próprio Ministério do Trabalho e Previdência. Os dados da pasta foram obtidos pelo Portal de notícias G1. De acordo com o levantamento, nos primeiros sete meses deste ano, cerca de 108 mil pessoas receberam o auxílio-doença por causa de doenças de cunho psicológico.
Esses casos incluem transtornos mentais e comportamentais. Vale lembrar que esse número não representa a quantidade de brasileiros que desenvolveram esses problemas na pandemia. Essa é apenas o patamar de pessoas que tiveram que passar por essas problemáticas e que possuem o direito de receber esse benefício. Então imagina-se que o número de cidadãos que estejam passando por essas questões seja muito maior.
O pagamento do Auxílio doença só acontece para os segurados do INSS. São pessoas que contribuem com o Instituto mensalmente seja pela empresa ou seja por repasses particulares, no caso dos autônomos. Para os formais, a liberação começa quando o cidadão precisa se afastar por mais de 15 dias do trabalho.
Dentro do mundo trabalhista, há um mito de que o auxílio-doença só pode ser recebido quando o cidadão tem algum tipo de doença física. Isso, no entanto, não é verdade. Quem passa por problemas psicológicos, como depressão por exemplo, e precisa se afastar do trabalho por causa disso, também tem direito de pegar esse dinheiro.
Doenças psicológicas
Ainda de acordo com dados do Ministério, as doenças psicológicas que mais registram casos de auxílio-doença são depressão e ansiedade. São pessoas que não estão conseguindo mais ir ao trabalho por esse motivo.
Só que esses não são os únicos dois casos. Há registro de pagamento de auxílio-doença para quem tem crise de pânico, por exemplo. Além disso, há também estresse pós-traumático, transtorno bipolar e até fobia social.
Entre os anos de 2019 e 2020 já tinha acontecido um aumento nesse número de casos. Foi uma elevação na casa dos 29%. Analistas acreditam que a pandemia pode ter ajudado no crescimento deste problema no mundo do trabalho no Brasil.
Auxílio do INSS
Quem precisa pegar esse auxílio precisa realizar um agendamento de uma perícia médica com peritos do INSS. Para isso, basta acessar os canais oficiais da autarquia pela internet. Também é possível fazer isso ligando para o número 135.
Como dito, só quem recebe esse benefício é quem está há mais de 15 dias afastado do trabalho. Quem ainda não completou esse prazo, pode seguir recebendo o salário da empresa mesmo. Pelo menos é o que dizem as regras.
Além disso, eles exigem também que o segurado tenha pago o INSS mensalmente por pelo menos 12 meses antes do pedido. Caso contrário, o próprio sistema vai recusar o pagamento do auxílio-doença para a pessoa em questão.