Crédito consignado do Auxílio Brasil requer cautela: saiba como não se enrolar

Confira todos os detalhes sobre essa nova modalidade do benefício

O novo crédito consignado do Auxílio Brasil requer cautela para que o beneficiário não acabe se endividando. Apesar de prometer uma solução rápida para dívidas atrasadas e outras pendências, a linha de crédito pode comprometer boa parte de seu benefício.

Por isso, antes de contratar o serviço é necessário obter todas as informações. Além disso, estar ciente de todas as variáveis para não acabar se enrolando com suas contas e despesas diárias.

O Auxílio Brasil é um benefício que promete ajudar as pessoas mais pobres do país. Por isso seu uso deve ser feito com sabedoria. Assim, evitando a piora da situação dessa parcela da população.

O que é o Auxílio Brasil?

Criado pelo Governo Federal, o programa de transferência de renda intitulado Auxílio Brasil substituiu o antigo Bolsa Família. Este implementado no ano de 2003 pela gestão anterior.

Quando foi anunciado no começo desse ano, o governo federal prometeu parcelas de R$300 para que a população se enquadrasse nos pré-requisitos do programa.

No entanto, logo no início dos pagamentos as parcelas chegaram a R$400. Em seguida, graças a uma emenda constitucional para contenção de problemas causados pela situação de calamidade pública atual, o governo aumentou o valor do Auxílio Brasil para R$600, que serão pagos até dezembro deste ano.

Sendo assim, a previsão é que a partir de janeiro de 2023, o valor volte aos R$400 iniciais.

Crédito consignado do Auxílio Brasil: o que é?

Após lançar o programa, o governo também implementou algumas vertentes para beneficiar parcelas maiores da população. Uma dessas vertentes foi a implementação do crédito consignado do Auxílio Brasil.

Assim como em outras categorias de consignação, o valor das parcelas do empréstimo contratado é debitado diretamente na fonte. Ou seja, nas parcelas do benefício.

Esse tipo de empréstimo, apesar de prometer tirar os brasileiros mais pobres do sufoco, pode acabar contribuindo para o endividamento da parcela mais vulnerável da população. Por isso, é necessário conhecer melhor o programa antes de assinar o contrato.

Qual o valor do empréstimo consignado do Auxílio Brasil?

Outra similaridade da linha de crédito lançada como emenda à lei que regulamenta o programa Auxílio Brasil a outras linhas de crédito consignado, é que existe uma porcentagem obrigatória. Ela é chamada de margem consignável e que não pode ser ultrapassada.

Essa margem não pode ultrapassar 40% do valor total do benefício. Como os R$600 pagos atualmente, são de caráter emergencial, a conta é diferente. Portanto, deve considerar o valor original do benefício que serve de base para o cálculo, ou seja, R$400.

Dessa maneira, podemos concluir que o valor da parcela não pode ultrapassar os R$160.

Além disso, o prazo máximo para pagamento é de dois anos. Ou seja, o valor do empréstimo consignado do Auxílio Brasil não pode ultrapassar 24 vezes de R$160 ou R$3840.

Quem pode contratar o empréstimo?

Para fazer a contratação do empréstimo, o cidadão deve ter sido aprovado para receber o auxílio e já ter o benefício em vigência.

Apesar de ter sido sancionada, a lei que permite esse tipo de empréstimo ainda precisa passar por regulamentação do Ministério da Cidadania antes de chegar ao beneficiário do programa.

Alguns bancos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já sinalizaram interesse na linha de crédito. Mesmo que o serviço não esteja disponível, já é possível realizar o pré-cadastro para receber o empréstimo consignado do Auxílio Brasil.

O crédito consignado Auxílio Brasil, vale a pena?

Em primeiro lugar, deve considerar que a contratação do consignado Auxílio Brasil pode ser um fator determinante para o superendividamento da população mais pobre de nosso país. Mesmo que tenha boas intenções.

Pois, com a cesta básica custando atualmente mais de R$700, é sensato concluir que o valor do auxílio não é suficiente para que o cidadão sobreviva de maneira satisfatória durante o mês. Ainda mais, se for somente com o valor do benefício.

Levando em conta a defasagem de quase metade do valor para quitação do empréstimo, cerca de 40%, podemos concluir que o serviço pode não ser vantajoso para os beneficiários.

Sendo assim, necessário considerar todas as suas despesas mensais. Como alimentação, saúde, educação e segurança e considerar o déficit de 40% do valor, que a partir de janeiro será de R$400. Feito esse cálculo, é essencial considerar todas as variáveis antes de assinar o contrato, para não se enrolar com suas dívidas.

Por isso, tenha cautela antes de contrair essa dívida para não comprometer sua renda mensal.

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