O deputado estadual de São Paulo, Gil Diniz (sem partido), que chegou a ‘proibir’ o uso de máscaras contra Covid-19 em seu gabinete, ficou três dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após contrair a doença. Ao todo, Gil ficou sete dias hospitalizado.
“Foi um período extremamente difícil, mas, para mim, pedagógico”, afirmou o deputado bolsonarista em sessão virtual com os deputados da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) na tarde desta quinta-feira (1º).
“Vi casos de óbito, também de pessoas que saíram curadas. Foi um momento de reflexão, de agradecer muito a Deus pela minha vida, por estar com vocês no parlamento de São Paulo, a honra que eu tenho de ser deputado”, segue Diniz, que foi eleito com o nome de ‘Carteiro Reaça’.
O deputado ficou uma semana internado no Hospital Santa Marcelina de Itaquera, na zona leste da capital paulista.
“Fico muito feliz de ter a minha saúde restabelecida. Ter passado, olhando nos olhos desse vírus maldito, que tem tirado a vida de muitos brasileiros e paulistas. Temos que enfrentá-lo e colocar todas as nossas forças e recursos para enfrentar esse que é o principal problema do país, do estado e porque não do mundo, nesse momento”, afirmou o deputado.
Gil Diniz ainda aproveitou para agradecer um enfermeiro chamado Wagner. “Ele me tratou com humildade e me deu uma aula de humanidade.”
Gil Diniz proibiu máscaras contra Covid-19
O parlamentar bolsonarista foi flagrado sem máscara em sessão da Alesp, o que é proibido de acordo com as regras da casa e pode render multa de R$100 mil por dia de descumprimento dos protocolos de proteção contra a Covid-19.
Na ocasião, a deputada do PSOL, Mônica Seixas, fez uma representação contra Gil Diniz e outros dois deputados que foram flagrados sem máscara em sessão na Alesp.
Gil Diniz também chegou a pendurar uma placa com os dizeres ‘Proibido usar máscara neste gabinete’ e um desenho de uma máscara com um x vermelho em cima e o símbolo do Governo de São Paulo rasurado com a palavra ‘Desgoverno’.