Cotação do DÓLAR HOJE: Mais uma QUEDA

Cotação do DÓLAR HOJE: Mais uma QUEDA

O dólar comercial fechou o pregão desta quarta-feira (26) em queda, influenciado pela elevação da nota de classificação de risco do Brasil pela agência Fitch. O recuo é o terceiro consecutivo e fez a moeda norte-americana atingir o menor patamar em 15 meses.

Em resumo, o dólar caiu 0,46% no pregão, fechando o dia cotado a R$ 4,728. Esse é a cotação mais baixa da divisa em 2023, no governo Lula. Aliás, a última vez que o dólar fechou uma sessão abaixo de R$ 4,70 foi em 20 de abril de 2022, quando atingiu R$ 4,62.

No acumulado semanal, o dólar registra um recuo de 1,11%, taxa semelhante à mensal (-1,28%). Já em 2023, a moeda norte-americana acumula uma forte queda de 10,43%.

A saber, a divisa fechou o ultimo pregão de 2022, no dia 29 de dezembro, cotada a R$ 5,278. Contudo, desde o dia 2 de junho que o dólar se mantém abaixo de R$ 5,00, ao menos nos finais de cada sessão.

Entenda a queda do dólar nesta quarta-feira (26)

O principal fator que contribuiu para a queda do dólar no pregão de hoje foi a melhora da nota de classificação de risco do Brasil promovida pela agência Fitch. A nota subiu de BB- para BB, com perspectiva estável.

De acordo com a agência, a elevação da nota é reflexo de “um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado, em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais“.

Em 2018, a agência Fitch rebaixou a nota de classificação de risco do Brasil para BB-. Agora, em 2023, a entidade afirmou que “o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais“.

Ministro da Fazenda fala sobre nota de classificação

Durante coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a melhora da nota de classificação de risco do Brasil só foi possível graças ao apoio do Congresso Nacional.

A Fitch é a primeira das grandes agências que muda a nota. Eu sempre disse, e continuo acreditando, que a harmonia entre os poderes é a saída para que voltemos a obter o grau de investimento“, disse o ministro.

Ele destacou os desafios que o Governo Federal ainda enfrentará, mas seguiu positivo em relação a 2024. “Temos tudo para vencer este jogo, mas temos muito trabalho pela frente e o próximo ano será chave, não só para atingir as metas previstas, mas também para regulamentar o que for aprovado este ano“, disse.

O ministro também destacou que o Brasil tem diversos recursos e que não havia sentido o país não ter grau de investimento. “Fico muito feliz de, em seis meses de trabalho, termos conseguido sinalizar para o mundo que o Brasil é o país das oportunidades, de geração de bem-estar, emprego e renda. Tenho certeza de que este caminho vai ser seguido“, festejou Haddad.

Ministro da Fazenda comemora melhora da nota de classificação de risco do Brasil
Ministro da Fazenda comemora melhora da nota de classificação de risco do Brasil. (Imagem: Agência Brasil).

Juros nos Estados Unidos também impactar dólar

Na sessão desta quarta-feira (26), outra notícia que impactou a cotação do dólar foi a decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos. Em suma, o Fed elevou em 0,25 ponto percentual os juros na maior economia do planeta, que chegaram a 5,50%, maior nível desde 2001, ou seja, em 22 anos.

Esse avanço já era esperado pelos analistas e não conseguiu impulsionar o dólar no pregão. A propósito, quanto mais elevados estiverem os juros nos EUA, mais atraente fica o dólar, pois o seu rendimento também cresce, gerando maior retorno financeiro para quem comprar a moeda norte-americana.

No entanto, o avanço dos juros não fortaleceu a divisa porque não há expectativas para novas altas dos juros no país. Em suma, os investidores acreditam que o Fed não elevará mais os juros nos Estados Unidos, encerrando o ciclo de altas que teve início em abril do ano passado.

Vale destacar que o real poderá crescer ainda mais ao longo do ano, pois as maiores economias do mundo, incluindo a dos EUA, estão começando a encerrar a elevação dos juros. Dessa forma, economia emergentes, como o Brasil, tendem a se beneficiar.

Ibovespa fecha dia no azul

O pregão também foi positivo para o Ibovespa, a Bolsa de Valores brasileira. Em resumo, 59 das 85 ações do Ibovespa fecharam o dia no azul. Com isso, fechou a sessão aos 122,56 mil pontos, maior patamar em quase dois anos, desde agosto de 2021.

No ano, o Ibovespa acumula uma forte alta de 11,69%, indicando que, no geral, os investidores estão se dando bem com a bolsa brasileira. Nesta quarta-feira, a carteira teórica do Ibovespa teve uma movimentação financeira de R$ 17 bilhões no dia, e a expectativa é que os volumes cresçam com o otimismo em relação ao futuro do Brasil.

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