O diretor da Nasa, agência espacial americana, Bill Nelson, afirmou recentemente que os Estados Unidos estão em uma corrida espacial com a China para voltar à lua. A princípio, ele diz ter certeza de que seu país chegará primeiro ao satélite. Essa fala remonta a um tempo anterior, na relação do país com a União Soviética.
Todavia, entre as décadas de 1960 e 1970, os Estados Unidos e sua agência espacial, Nasa, travaram uma guerra tecnológica com a União Soviética para levar o homem até a lua. 50 anos depois, ao que parece, a competição junto ao país asiático é grande. Neste caso, empresas privadas norte-americanas participam.
Os dois países procuram por investimentos para transformar o objetivo de ir à lua uma realidade. Em relação aos americanos, Bill Nelson diz que as organizações privadas são de extrema importância para as operações da Nasa. Isso se deve ao fato de que a agência poderá dividir custos e aproveitar a criatividade do setor.
Neste cenário, o diretor da Nasa fala sobre a SpaceX, empresa de Elon Musk. No ano de 2021, a organização recebeu o aporte de US$3 bilhões, cerca de R$14,9 bilhões, para desenvolver e construir um módulo lunar e um foguete. Muitas companhias privadas estão atualmente se beneficiando com a corrida espacial.
Corrida espacial e tecnológica
A Nasa, no início de 2023 assinou um grande acordo de cerca de US$3,4 bilhões, R$16,6 bilhões, com a Blue Origin, empresa de Jeff Benzon. A parceria tem como objetivo principal, a construção de um módulo de pouso na lua. Dessa maneira, as duas empresas citadas estão recebendo bilhões de financiamento governamental.
Dessa maneira, neste momento, inúmeros países estão investindo em tecnologia espacial, com agendas diversas. A Índia, no fim do mês de agosto, conseguiu realizar uma incrível façanha, foi o quarto país a aterrissar um veículo em solo lunar. Além disso, se tornou a primeira nação a alcançar a região do polo sul do satélite.
Mesmo com todos esses recordes batidos pelos indianos, a Nasa tem focado na China, em sua corrida espacial. O país asíático é o único, atualmente, a possuir sua própria estação espacial. Vale ressaltar que ele já trouxe para a Terra algumas amostras da lua, e planeja chegar logo às regiões polares da superfície do satélite.
Bill Nelson afirma que, “O que me preocupa é que encontremos água no pólo sul da Lua, a China chegue lá antes e diga: ‘esta é a nossa área, você não pode vir aqui, é nossa'”. Para o diretor da Nasa, a China ao construir ilhas artificiais no Mar Meridional do país para garantir a sua soberania preocupa a agência espacial.
Preocupação com a China
A corrida espacial entre os Estados Unidos e a China gera várias preocupações, devido a algumas ações do governo do país asiático, que ainda não assinou os Acordos Artemis, liderado pelos EUA. Eles tem como objetivo, criar e estabelecer uma padronização e devidas práticas dispostas para ações no espaço e na lua.
Em relação à China, o seu governo diz que está empenhado em realizar uma exploração de forma pacífica no espaço sideral. Aliás, ele não concorda com as preocupações dos Estados Unidos neste sentido, sobre seu programa espacial. O país asiático aponta uma campanha difamatória dos EUA, contra seus esforços.
Analogamente, a corrida espacial e a rivalidade entre os Estados Unidos e a China acaba por fomentar um grande aporte de investimentos à Nasa. A agência espacial americana diz que no ano de 2021, suas despesas ficaram em cerca de US$71,2 bilhões, R$372 bilhões. Houve um aumento de 10,7% em relação ao ano anterior.
Investimento em tecnologia
Dessa forma, o diretor da Nasa diz que um quarto das despesas da agência espacial americana vai para as pequenas empresas. De fato, o que se vê nas manchetes dos jornais e nas redes sociais de todo o mundo, são os investimentos massivos em grandes corporações, como por exemplo, a SpaceX de Elon Musk.
Em conclusão, a corrida espacial entre os Estados Unidos e a China possui uma grande visibilidade. De certa forma, ela acaba auxiliando no investimento em tecnologia. Há também a possibilidade de uma exploração em outras atividades espaciais, além da lua, gerando um lucro importante, exponencial.