Periodicamente, o Banco Central do Brasil (BCB) informa atualizações relevantes sobre o cenário econômico atual, considerando a reunião Oficial do Comitê de Política Monetária (Copom).
Copom: as projeções oficiais sofrem o impacto da volatilidade da economia
Na data desta publicação, 09 de agosto de 2022, o Banco Central do Brasil (BCB) destaca que a projeção da inflação de doze meses no primeiro trimestre de 2024, que incorpora os efeitos secundários das alterações tributárias, assim como efeitos acumulados da manutenção da taxa de juros em patamar significativamente contracionista, é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.
O efeito contracionista impacta a inflação corrente
O Comitê de Política Monetária (Copom) notou que a projeção de inflação para o ano-calendário de 2024 também se encontra ao redor da meta estipulada. Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou o ciclo de ajuste empreendido até a presente reunião.
A divulgação oficial ressalta que o ciclo de aperto monetário corrente foi bastante intenso e tempestivo e que, devido às defasagens longas e variáveis da política monetária, ainda não se observa grande parte do efeito contracionista esperado bem como seu impacto sobre a inflação corrente.
Os indicadores e a volatilidade atual
Contudo, a divulgação oficial destaca que esses impactos devem ficar mais claros nos indicadores de atividade referentes ao segundo semestre. A dinâmica inflacionária de curto prazo segue persistente, devido ao avanço das medidas de inflação subjacente em ambiente de surpresas na atividade corrente, e que suas projeções seguiram se deteriorando, ainda que o cenário esteja cercado de incerteza e volatilidade acima do usual.
Além disso, de acordo com a avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom), a elevação das expectativas e das projeções de médio prazo se concentrou na inflação de preços administrados, em função do caráter temporário de algumas medidas tributárias.
O novo reajuste na inflação teve como base o balanço de riscos
Com base nas projeções utilizadas no balanço de riscos, o Comitê de Política Monetária (Copom) concluiu que um novo ajuste de 0,50 ponto percentual era apropriado frente a um ambiente de elevada incerteza, apesar do estágio já significativamente contracionista da política monetária, que, considerando suas defasagens, deve impactar a economia mais fortemente a partir do segundo semestre deste ano.
Novos ajustes podem ser necessários
Assim sendo, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por sinalizar que avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, com o objetivo de trazer a inflação para o redor da meta no horizonte relevante.