O presidente da república, Jair Bolsonaro, sancionou o empréstimo consignado do Auxílio Brasil no dia 4 de agosto. Porém, mesmo que a medida tenha sido publicada no Diário Oficial da União (DOU), beneficiários do programa social ainda têm dúvidas sobre a modalidade.
Veja as perguntas e respostas a seguir e tire suas dúvidas!
O crédito consignado se refere a uma modalidade em que a prestação da dívida é descontada diretamente na folha de pagamentos do contratante.
Pelo fato das parcelas serem descontadas diretamente da folha de pagamentos, os bancos têm a garantia de que as prestações serão pagas. Assim, o empréstimo possui as menores taxas de juros do mercado.
Os beneficiários do Auxílio Brasil podem comprometer até 40% do valor mensal do programa. Sendo assim, considerando que a pessoa recebe o benefício básico de R$ 400 – o aumento para R$ 600 não é considerado por ser temporário -, ela poderá contratar apenas R$ 160.
A regulamentação do empréstimo consignado do Auxílio Brasil ainda não determinou o limite de juros para as contratações. Portanto, cada banco irá estabelecer quanto irá cobrar.
As parcelas do empréstimo serão descontadas diretamente dos benefícios pagos pelo Ministério da Cidadania. Dessa forma, o beneficiário vai receber somente o valor restante, após o desconto.
Como mencionado, a parcela do empréstimo será descontada diretamente do valor do benefício, sendo assim, não há como renegociar. O beneficiário receberá o seu benefício descontado até finalizar o pagamento do empréstimo.
Mesmo que o empréstimo consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, os grandes bancos privados do país não querem disponibilizar a nova modalidade ao público alvo.
O Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições financeiras que não irão oferecer o crédito consignado. A negativa acontece, principalmente, após o governo anunciar que a medida não possui um limite referente a taxa de juros a ser cobrada.
De acordo com especialistas, a recusa em série dos grandes brancos demonstra a preocupação quanto à efetividade da medida e seu impacto na própria instituição financeira.
Em resumo, a principal preocupação é com o endividamento das pessoas em situação de vulnerabilidade social, atendidas pelo programa social de transferência de renda.