Dentro do mundo da numismática, se sabe que algumas moedas naturalmente são mais raras do que outras. Entram nessa lógica o ano, o nível de circulação, e o grau de conservação de cada um desses exemplares. Além disso, é necessário analisar também a presença de possíveis erros e variantes específicas.
Todos esses itens podem fazer com que uma moeda se torne mais rara do que a outra. É o que acontece, por exemplo, com as moedas de 25 centavos. Essas peças são muito conhecidas por toda a população. Mas o fato é que a grande maioria não sabe como identificar um exemplar valioso.
Nos últimos meses, uma peça específica de 25 centavos vem chamando muito a atenção de colecionadores por todo o país. Trata-se de um exemplar que pode ser encontrado a qualquer momento por qualquer pessoa. Mas é preciso prestar atenção aos detalhes para não perder o dinheiro.
Moedas de 25 centavos
No nosso caso específico, vamos nos debruçar sobre as moedas de 25 centavos da chamada primeira família do Plano Real. Estamos falando, portanto, dos exemplares mais antigos, que estão completando algo em torno de três décadas a depender do ano exato.
Abaixo, você pode identificar as principais características das moedas de 25 centavos da primeira família do Plano Real tomando como base as indicações do Banco Central (BC):
- Material: bronze sobre aço;
- Diâmetro: 25,0 mm;
- Peso: 7,55 g;
- Espessura: 2,25 mm;
- Bordo: serrilhado;
- Eixo: reverso moeda (EH);
- Circulação: de 01/07/1998 a atual;
- Desenho do Anverso: efígie de Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), – proclamador da República e primeiro presidente constitucional do Brasil republicano -, ladeada pelas Armas Nacionais e pelo dístico Brasil;
- Desenho do Reverso: á esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Manuel Deodoro da Fonseca
Como visto na lista acima, a peça de 25 centavos conta com a representação do busto de Manuel Deodoro da Fonseca. Ele teve uma vasta carreira no mundo militar, mas ficou conhecido mesmo por ter sido o primeiro presidente da história do Brasil.
Neste sentido, cabe destacar que ele teve um papel muito importante no golpe militar que acabou com a monarquia no país, e que impôs a república, forma de governo que é seguida pelo país até hoje. Deodoro da Fonseca morreu no dia 23 de agosto de 1892, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país.
Valores das moedas
Como dito, existem casos em que as moedas de 25 centavos da primeira família do Plano Real podem valer mais de R$ 2 mil. Mas para que isso aconteça, é preciso prestar atenção em uma série de detalhes.
A moeda de 25 centavos que vale mais de R$ 2 mil precisa ser exatamente do ano de 1995, contar com grau de conservação FDCe, e ainda ser reverso invertido.
O grau de conservação FDCe é o maior de todos. Estamos falando, portanto, de uma moeda certificada por alguma casa de certificação. Abaixo, você pode conferir os valores atualizados pelos catálogos numismáticos:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.