Parlamentares governistas do Congresso Nacional estão pressionando o Presidente Jair Bolsonaro para que ele aprove um novo projeto social para o Brasil neste segundo semestre. De acordo com esses Deputados, isso é importante porque o Auxílio Emergencial vai chegar ao fim.
Antes existia um entendimento de que a pandemia do novo coronavírus no Brasil apresentaria uma queda até o fim dos pagamentos do Auxílio. No entanto, agora os parlamentares não acreditam mais nisso. Principalmente porque a campanha de vacinação contra a Covid-19 ainda está lenta no país.
De acordo com o próprio Governo Federal, o novo Auxílio Emergencial tem quatro parcelas. A questão é que o Planalto terminou de pagar a primeira. Então por essa lógica faltam três meses de pagamentos. Esses meses seriam maio, junho e julho.
Pelo calendário oficial da Caixa Econômica Federal, algumas pessoas ainda seguirão recebendo o benefício em agosto, mas oficialmente o programa vai até julho. Isso quer dizer que o novo programa teria que estar pronto até o mês seguinte. Na linguagem da política nacional, isso é pouco tempo.
Isso porque se sabe que abrir um novo projeto não é um processo fácil nem rápido. Há todo um trâmite de processo de aprovação na pauta no Senado e na Câmara. Além disso, o meio do caminho tende a ser turbulento. É que os parlamentares costumam apresentar emendas ao texto e isso atrasa todo a aprovação.
Novo Bolsa Família
Diante desta pressão do Congresso Nacional, o Governo começou a dar mais informações sobre os pagamentos do novo Bolsa Família. A ideia do Ministro da Cidadania, João Roma, é fazer com que esse texto esteja pronto antes do próximo mês de agosto deste ano.
Então essa seria portanto a aposta do Governo para depois do fim do Auxílio Emergencial. No entanto, há uma série de questões sobre o tema. A principal delas talvez seja o fato de que nem todo mundo que vai receber o Auxílio Emergencial vai receber o novo Bolsa Família.
Dessa forma, mesmo que o Governo Federal tire essa programa do papel, milhões de pessoas seguiriam sem nenhum projeto social. O próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, costuma classificar essas pessoas como invisíveis. Isso porque elas não são vistas pelo Estado.
Dados do Governo
De acordo com dados do próprio Governo Federal, cerca de 40 milhões de pessoas estão recebendo o Auxílio Emergencial este ano. Esse número até deve aumentar logo nos próximos meses. Seja como for, essa é a estimativa atual do Planalto.
O Bolsa Família atual atende cerca de 14 milhões de pessoas. E o novo Bolsa Família deve inserir cerca de dois ou três milhões na conta. Isso significa dizer portanto que grande parte das pessoas que hoje estão recebendo Auxílio deverão ficar sem renda a partir de agosto.
Diante das críticas, o Presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista recente que o novo Bolsa Família vai fazer pagamentos médios de R$ 250. Hoje, o nível de pagamentos médios é de R$ 190. Analistas no entanto afirmam que isso é apenas uma previsão do Presidente.