O Ministério da Educação (MEC) tem feito alguns estudos, com o objetivo de avaliar o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). Espera-se que o Governo Federal possa encontrar maneiras de melhorar o programa e beneficiar os estudantes e a população do país.
Todavia, as alterações no FIES deverão afetar as finanças dos estudantes cadastrados no programa. O presidente Lula, após sua posse, no início do ano, já havia anunciado que haveria algumas mudanças. O Ministro da Educação, Camilo Santana (PT), recentemente, confirmou as informações.
Através do FIES, o estudante pode fazer um curso de graduação em sua área de atuação em uma instituição de ensino particular. A princípio, ele deverá pagar as mensalidades apenas quando se formar. Esta é uma questão importante a se observar, tendo em vista que haverá algumas alterações a respeito.
Analogamente, Lula lançou o novo Mais Médicos pelo Brasil em um evento que contou com a participação de Camilo Santana. Eles falaram sobre a possibilidade de que médicos formados através do FIES participem do programa para que eles possam, através de seu trabalho, quitar as suas dívidas.
O Governo Federal deve também fazer uma análise detalhada sobre a possibilidade de dar um bônus de 80% aos formados pelo FIES paga através do Mais Médicos pelo Brasil. O ministro da Educação afirma que a proposta pode estimular a participação no programa de saúde pelo fato de que os estudantes acabam apresentando uma grande rotatividade após se formar.
Aliás, o valor que o governo deverá gastar com o programa de saúde este ano para contratar os médicos que irão se estabelecer nos municípios afastados dos grandes centros urbanos, será de R$712 milhões. Em relação ao FIES, as regras relacionadas à concessão dos bônus ainda não foram anunciadas.
Ademais, o Governo Federal procura atrair os profissionais formados que foram beneficiados pelo FIES. Através dos incentivos, eles poderão pagar suas dívidas contraídas ao estudarem em universidades e faculdades particulares. Os detalhes sobre a proposta estão na Medida Provisória (MP) e no decreto assinado por Lula.
Os médicos do FIES que forem participar do Mais Médicos pelo Brasil, e que fizerem residência em regiões onde há falta de profissionais, receberão incentivos do governo, através do Ministério da Saúde. Eles irão receber benefícios de acordo com o valor mensal de sua bolsa, para atuarem nas periferias de todo o país.
O antigo Mais Médicos teve um fim no governo de Jair Bolsonaro (PL) no ano de 2019. Analogamente, com o retorno do programa de saúde, ele passou a se chamar Mais Médicos pelo Brasil. Ele deverá contratar um número maior de médicos para atuarem nos municípios, principalmente na atenção primária.
Desse modo, espera-se que até o fim de março sejam contratados cerca de 5 mil profissionais de saúde. A ministra de Saúde, Nísia Teixeira diz que “o Mais Médicos voltou para responder ao desafio de garantir a presença de médicos a cidadãos de municípios mais distantes dos grandes centros e que sofrem com a falta de acesso”.
No evento de lançamento do Mais Médicos pelo Brasil, o presidente Lula falou sobre a necessidade e importância de oferecer uma saúde de qualidade à população brasileira. Ele criticou o fato de que uma grande parte dos cidadãos vulneráveis economicamente morre antes de receberem atendimento por especialistas.
Para o presidente, as pessoas que moram em regiões periféricas, das grandes cidades do país, em municípios pequenos, no interior, são as que têm a noção do problema causado pela falta de um médico. Segundo Lula, um cidadão pode começar com apenas uma dor de cabeça e falecer por não ter assistência.
Em síntese, a proposta do Governo Federal de utilizar a mão de obra de profissionais de saúde formados através do FIES pode ser uma boa solução. Há um maior preenchimento de vagas para médicos em municípios distantes e nas periferias. O Mais Médicos pelo Brasil teria um maior número de candidatos.
Para os estudantes que se formaram a pouco tempo, pode ser uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho e garantir os benefícios do programa. Em conclusão, o Mais Médicos pelo Brasil recebeu várias críticas no passado, com uma dificuldade de encontrar trabalhadores para exercerem suas profissões em regiões remotas.