Decisão impacta novos aprovados
Reajuste salarial dos servidores federais não deve acontecer este ano, por mais que negociações estejam sendo feitas. Entenda.
Acompanhe a seguir.
Concursos federais e aumento salarial
Quase 7 mil novos aprovados tomarão posse do cargo por meio do concurso unificado, porém, não será desta vez que vai acontecer um reajuste salarial.
Por mais que haja pressão dos servidores federais junto ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI),o aumento não deve ser autorizado em 2024.
Motivo
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, negou a solicitação que estava em processo de negociação com Esther Dweck, ministra do MGI.
Sobre a negativa, Haddad esclareceu que para este ano, o orçamento está fechado. Os esclarecimentos aconteceram no Palácio do Planalto neste 10 de abril, após reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO).
O evento contou com representantes da Casa Civil e do Ministério do Planejamento e Orçamento. No evento, Dweck falou sobre o funcionalismo público dos próximos anos, em contrapartida, Haddad pontuou:
“Fiquei de voltar aqui para a Fazenda para fazer as contas e dar uma devolutiva para ela [Dweck]”.
No que se refere à equacionar às contas, ainda destacou: “É tudo desafiador, não é? Nós estamos com uma questão, nós temos de equacionar as contas públicas, tem votações importantes que vão acontecer na semana que vem no Congresso”.
Ameaça de greve e reajuste aos aprovados nos concursos federais
Ainda nesta quarta, 10, ficou de acontecer um encontro entre governo e servidores na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), a fim de pontuar sobre concessão e aprovação dos reajustes salariais. Espera-se que o acordo consiga abafar as ameaças de greve.
Caso seja aprovado, o reajuste nos benefícios será de, aproximadamente, 52%, com vigência a partir de maio de 2024. Diante disso, o auxílio alimentação passará de R$ 658,00 para R$ 1.000,00, o auxílio saúde de R$ 144,38 para R$ 215,00 e o auxílio creche R$ 321,00 para R$ 484,90.
É importante pontuar que há um ocncurso CNU em vigor. São 6.640 vagas em mais de 20 órgãos e Ministérios do Poder Executivo Federal. Espera-se que os servidores já iniciem as atividades no segundo semestre deste ano.
Novo concurso CNU
O novo concurso CNU- Nacional Unificado- vai acontecer em breve. Os esclarecimentos vieram da ministra Esther Dweck.
Elá é responsável pela Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
A próxima edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) estará sujeita à autorização do número de vagas, o que justificará sua realização em escala nacional, conforme anunciado pela secretária executiva do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Cristina Mori, em coletiva de imprensa realizada em 23 de fevereiro.
Mori adiantou que a possibilidade de um novo CNU no próximo ano está em pauta, porém, ressaltou que a elaboração do edital depende do quantitativo de vagas autorizadas e do orçamento disponível para a realização do processo seletivo em âmbito nacional.
“Estamos iniciando os estudos agora para avaliar se teremos um número de vagas que justifique a realização de um concurso em escala nacional, como estamos fazendo agora. As vagas autorizadas dependem dos órgãos que as encaminharam, então certamente requer uma nova articulação com um novo conjunto de órgãos que tenham vagas supostamente aprovadas“, reforçou a secretária.
Distribuição de vagas dos novos concursos federais
Caso uma nova edição do Concurso Unificado seja viabilizada, o modelo de distribuição das vagas por blocos temáticos, mantido na primeira edição do CNU, deverá ser preservado.
Esse modelo agrupou mais de 6 mil vagas para o Poder Executivo Federal em áreas representativas das Políticas Públicas Brasileiras.
Essa proposta inovadora visa centralizar os concursos autorizados, permitindo a realização de uma única prova em mais de 200 cidades por todo o território nacional.
Com isso, também é importante destacar que a ação tem como objetivo democratizar o acesso ao serviço público, facilitando a participação de candidatos de diferentes regiões do país.
Possíveis carreiras ofertadas
A área ambiental pode ser uma das prioridades nas autorizações de novos concursos, dada a necessidade de suprir o déficit funcional existente.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, já mencionou a previsão de novos concursos para órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Serviço Florestal Brasileiro.
No caso do Ibama, o pedido de autorização é para um novo concurso com 2.408 vagas, sendo 905 para analista administrativo e 1.503 para analista ambiental. Já o ICMBio renovou o pedido de autorização para 908 vagas, com 374 para analista administrativo e 534 para analista ambiental.
Ambos os cargos exigem nível superior em qualquer área e oferecem salários iniciais atrativos, incluindo gratificações e auxílio-alimentação.