O Concurso Nacional Unificado (CNU) está em fase de seleção da banca examinadora. Isso significa, portanto, que ainda faltam alguns passos para que comece o prazo de inscrições.
No entanto, recentemente, o Governo Federal fez alertas sobre golpes na internet que enganaram futuros candidatos.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), houve o recebimento de denúncias destes golpes online. Os cidadãos que denunciaram indicam que receberam links para uma página que teria inscrição do CNU.
Então, este redirecionava os candidatos para um cadastro e pedido de pagamento no valor de R$ 107,82. Isto é, o que poderia fazer alusão à taxa de inscrição do certame.
No entanto, é importante frisar que o CNU não começou sua fase de inscrições. Inclusive, nem mesmo a publicação do edital ocorreu ainda.
Atualmente, o Governo está selecionando as bancas examinadoras. Apenas depois desta seleção é que ocorrerá a publicação do edital, com previsão para o dia 20 de dezembro.
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O MGI deixa o alerta:
“Todas as pessoas que receberam este tipo de mensagem podem informar o Ministério da Gestão pelo e-mail concursonacional@gestao.gov.br.”
Bancas ainda estão enviando propostas
As bancas que desejam assumir a coordenação do Concurso Nacional Unificado (CNU) deverão encaminhar suas propostas até a próxima quinta-feira, 26 de outubro.
Inicialmente, o período de envio havia sido encerrado no decorrer da última semana. Contudo, o prazo acabou recebendo uma extensão.
De acordo com a titular no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, ministra Esther Dweck, o termo de referência do CNU já foi enviado às principais empresas do país que executam esta função. No entanto, a gestão federal ainda não divulgou a lista de organizações.
“A gente fez o termo de referência e enviou para todas as instituições que podem realizar este concurso. Não é só o Cebraspe, tem uma lista de instituições que têm capilaridade nacional e referência de fazer bons concursos. E a gente vai receber até semana que vem as propostas para fazer a seleção de quem, de fato, organizará o concurso”, pontuou a líder da pasta, no dia 18 de outubro.
Como é a escolha?
O termo de referência é como um espelho do edital oficial. Portanto, conta com informações do CNU, como cargos, número de vagas, principais requisitos, formato das avaliações e cronograma.
Assim, levando em consideração este documento, as bancas formulam suas propostas para organizar o certame. De maneira geral, aquela que apresentar o menor valor juntamente com as melhores condições técnicas é selecionada.
Desse modo, a empresa será responsável pela aplicação das avaliações objetivas e discursivas em 180 cidades por todo o território nacional. Ademais, também irá atuar nas inscrições e na divulgação dos resultados finais do concurso.
Após a seleção da banca, será possível concluir o cronograma inicial e efetuar a publicação do edital. Segundo o regulamento do certame, publicado no início deste mês de outubro, a expectativa é de que a contratação da banca examinadora aconteça até o dia 22 de novembro.
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Contudo, membros do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, pasta responsável pela coordenação do novo modelo avaliativo, destacam que a orientação é que o processo seja o mais rápido possível.
O que é o CNU?
O Concurso Nacional Unificado (CNU) se trata de uma nova proposta do Governo Federal que possui o objetivo de centralizar as vagas já autorizadas durante este ano.
Desta forma, a gestão espera democratizar o acesso a vagas do serviço público federal, já que as provas serão em diversas regiões do país, diferentemente do modelo tradicional, que só contava com as etapas nas principais cidades do Brasil.
Por meio do novo formato, então, um candidato poderá concorrer a mais de uma vaga, mediante o pagamento de uma única inscrição.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, as etapas do Concurso Nacional Unificado, respeitarão as seguintes datas:
- Publicação do edital: 20 de dezembro de 2023;
- Aplicação das provas: até março de 2024;
- Divulgação do resultado final da etapa unificada: até maio de 2024;
- Realização de cursos de formação, caso seja necessário: até julho de 2024;
- Convocação e posse dos novos servidores: até agosto de 2024.
Ao todo, 22 órgãos já assinaram o termo de adesão e irão participar da primeira edição do CNU. Desse modo, o concurso contará com a oferta de 6.640 vagas para cargos de nível superior e médio.
De acordo com a organização do CNU, a adesão ao novo formato foi voluntária, ficando sob escolha dos órgãos e autarquias.
Alguns dos órgãos que irão participar do modelo são, por exemplo:
- IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística);
- MTE (Ministério do Trabalho e Emprego);
- Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
Junto destes órgãos estão vários outros, de forma que os candidatos terão muitas oportunidades diferentes ao mesmo tempo.
Vagas se dividem em blocos temáticos
No geral, o CNU contará com a oferta de 6.640 vagas, que se dividem por meio de blocos temáticos. Até o momento, a coordenação do certame divulgou os seguintes grupos:
- Administração e Finanças Públicas;
- Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
- Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
- Trabalho e Previdência;
- Dados, Tecnologia e Informação Pública; e
- Nível intermediário (médio).
No entanto, o número total de blocos ainda se encontra em análise pela coordenação do CNU.
“Vão ser seis, sete blocos ou um pouco mais talvez. A lógica é que esses blocos tenham afinidade temática”, detalhou Esther Dweck.
Recentemente, o atual secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Pereira Júnior, também comentou sobre alguns pontos do processo de divisão por blocos temáticos.
“Ao invés de fazer um edital gigante de mil páginas, é melhor e mais didático ter editais por blocos. Para os candidatos se orientarem e até mesmo tomarem decisão sobre qual bloco querem concorrer”, pontuou o secretário.
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A intenção é de que uma edição do CNU ocorra a cada dois anos e que a modalidade seja o principal meio de oferta de vagas do serviço público federal.