A mudança brusca do ambiente presencial para o remoto, agora híbrido no setor educacional, obrigou docentes a aprenderem a lidar com as dificuldades e encontrarem maneiras de instruir os estudantes no processo de aprendizagem.
Problemas de conexão de internet, demais membros da família trabalhando remotamente e toda ansiedade oriunda da pandemia, exigem paciência de pais, alunos e professores.
De acordo com o Cesar Barreto, Executivo de Contas LATAM na Turnitin, empresa global de tecnologia educacional, foram vários desafios, mas os professores não mediram esforços para continuar a promover boas práticas educacionais durante o período pandêmico.
“Os desafios do ensino remoto e híbrido afetam instituições, educadores, alunos e familiares. O ensino totalmente remoto já não é uma tarefa fácil, mas unir as modalidades presencial e online pode ser um desafio ainda maior para garantir o processo de aprendizagem” diz Barreto.
“No entanto, com a colaboração de todos para encontrar alternativas, é possível superar alguns dos obstáculos e até criar novas práticas que poderão ser levadas adiante. A tecnologia educacional que apoia o processo de avaliação e o pensamento original do estudante, por exemplo, é uma ajuda bem-vinda não apenas neste período, mas também no ensino 100% presencial” completa.
Dificuldades e soluções para os desafios do ensino remoto e híbrido
Concentração
Para o professor, manter a atenção dos estudantes ao longo da aula remota tem sido um dos principais desafios para muitos deles.
Em casa as distrações podem ocorrer o tempo todo, nem todos os alunos e educadores têm um espaço adequado e silencioso para realizar as atividades de aprendizagem.
Em contrapartida, ter parte da turma assistindo aula de maneira remota e parte presencial, também traz grandes desafios.
Conseguir manter a motivação para quem está na sala de aula ou para quem está em casa não é tarefa das mais fáceis para professores e alunos.
“Acompanhar 3 horas de aulas seguidas pelo computador é uma experiência muito diferente de assistir às aulas presencialmente. A atenção pode se perder facilmente e a aula tende a maçante. O mesmo serve para o educador”, afirma Barreto. “O professor pode propor pequenos intervalos de 10 ou 15 minutos para a turma em momentos estratégicos para descontrair, além de incentivar a participação dos alunos com jogos, perguntas e provocações. Além disso, no caso do ensino híbrido, é preciso tomar cuidado para não deixar de lado os alunos que estão acompanhando a aula remotamente em prol dos que estão presencialmente” afirma Barreto.
Avaliações e acompanhamento
Outro desafio enorme no ambiente online é a avaliação dos estudantes, uma etapa fundamental do processo de aprendizagem, além de garantir a integridade dos trabalhos realizados e entregues.
O ponto principal é entender se o aluno está ou não absorvendo os conceitos ensinados durante as aulas.
De acordo com o professor Barreto, no caso das avaliações, vale limitar o tempo que os alunos têm para fazer o exame com uma plataforma de avaliação.
“O tempo deve ser confortável para os alunos que conhecem o material, mas não tão generoso para permitir que eles usem dispositivos eletrônicos para encontrar respostas”. Além disso, projetar provas com questões abertas também ajuda no processo de aprendizagem. “É uma maneira de avaliar a capacidade dos estudantes de utilizar criticamente as informações de materiais específicos de referência. Ferramentas de bloqueio do navegador, que inibem a navegação para outros sites durante uma sessão de testes, podem impedir os estudantes de acessar recursos não autorizados”, afirma ele.
Conexão e acesso
A qualidade de conexão à internet e dos computadores ainda não são uma realidade para os brasileiros, muitos estudantes acompanham as aulas pelo smartphone, fato que apresenta um enorme desafio para o ensino online.
“Conversar com os estudantes e entender qual a maior dificuldade no momento e apresentar alternativas como entregar atividades impressas a alguns alunos, se houver essa possibilidade, além do uso de aplicativos de mensagem para enviar áudios e vídeos, são soluções a considerar”, diz Cesar Barreto.
Por conta dos desafios enfrentados pelos educadores, a Turnitin vai premiar educadores e instituições das Américas através do Americas Higher Education Awards.
Em busca de ações inovadoras, o objetivo do prêmio é encontrar usos inteligentes das tecnologias Turnitin para solucionar os desafios educacionais e compartilhar ideias e práticas entre a comunidade acadêmica.
Seis vencedores irão receber US$2.000,00 (R$10.000,00) cada um para doar à instituição de caridade ou para uma bolsa de estudos de sua escolha.
O Diretor Executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, avalia que a transição das aulas para o ensino remoto fez as universidades olharem para a frente e avaliarem como as novas tecnologias educacionais podem ser utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem.
“Ampliar as abordagens pedagógicas para aprimorar esse processo deve ser a principal preocupação das IES agora. O melhor caminho para garantir a integridade acadêmica é focar no essencial, no aluno e nos docentes, os verdadeiros protagonistas desse processo. A partir disso, uma premiação como o Turnitin Americas Higher Ed. Awards pode desencadear um processo positivo para incentivar as instituições de ensino superior a identificar usos inteligentes e inovadores das tecnologias educacionais para acelerar esse protagonismo”, afirmou Capelato.
O ‘Turnitin Americas Higher Education Awards: Inovação em Avaliação e Integridade’ está com inscrições abertas até 10 de outubro de 2021 e os interessados podem se inscrever através do link.
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