Como se destacar nas redes sociais no novo cenário com verificado pago
Twitter e Meta geraram polêmica ao anunciarem assinaturas que permitiram aos usuários ter o selo de verificação
Tanto o Facebook quanto o Instagram estão se juntando à tendência de verificação paga com o lançamento do Meta Verified, um pacote de assinatura que oferece um selo de verificação paga. Este movimento pega carona nos esforços de monetização através de um serviço pago, semelhante ao Twitter Blue de Elon Musk.
O pacote de assinatura, disponível por uma mensalidade de R$ 55 dentro do aplicativo, em dispositivos iOS e Android, concede aos usuários acesso a uma série de benefícios, incluindo verificação proativa de conta e suporte em inglês. Esse lançamento segue testes iniciais bem-sucedidos realizados em países como Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Índia.
LEIA MAIS: O dinheiro que Zuckerberg faturou desde o lançamento do Threads
A nova ferramenta de assinaturas gerou diversos debates, mas de acordo com a MBA em Marketing e Negócios Integrativos, Jennifer de Paula, a assinatura do selo de verificação dará protagonismo à imprensa na identificação de pessoas públicas nas redes sociais.
Como não é possível identificar se o selo de verificação de determinada conta vem do método tradicional ou da assinatura do pacote, a única forma de saber se alguém adquiriu o selo através de uma assinatura é pela imprensa.
A especialista destaca que só o selo de verificação não é o bastante para as pessoas e empresas que desejam formar seu nome com credibilidade e consistência através da internet. “O selo de verificação passou do ápice do reconhecimento a uma ferramenta base.”
Como formar uma boa reputação
Jennifer defende que contar com uma boa assessoria de imprensa vai ser essencial para se destacar e veicular a imagem de forma correta em outros canais, buscando uma abordagem mais completa, esse será o diferencial daqui para a frente.
Mas só isso não será o bastante. Para quem deseja mais influência sobre seu público, será fundamental conhecer o público-alvo que se quer atingir. O foco em um nicho específico pode ser o caminho mais rápido para gerar relevância, junto com um conteúdo de qualidade que atraia a atenção deles.
Também será necessário engajar essa base de usuários, por isso o conteúdo tem que vir acompanhado de interações com o público. Incentivara comentários e respondê-los pode ser uma forma de cativar a atenção e trazer maior interesse para à página ou perfil.
Outro ponto importante é a periodicidade. O produtor de conteúdo que quer se tornar um influencer precisa ter um cronograma para gerar interesse do público, o que pode exigir dedicação para ser sempre ativo e constante. O perfil precisa estar sempre atualizado e parcerias podem ajudar com isso.
Seguir tendências também é algo importante, pois pode ajudar a alcançar mais pessoas, além de trazer mais engajamento. As redes sociais estão em constante mudança e as novidades e “febres” do momento costumam surgir justamente delas. Além de ficar atento a conteúdos virais, é preciso aproveitar o hype de novidades, como o Threads, por exemplo.
Threats e sua exigência abusiva
O Threads foi lançado pela Meta na última semana e chamou bastante atenção dos usuários de Internet. Porém, nos Termos de Uso da nova rede social, há uma pequena armadilha que foi apressadamente aceita por milhões de usuários em menos de 24 horas.
Caso você queira excluir a sua nova conta, também perderá o seu perfil no Instagram. O Threads apresenta semelhanças com o Twitter e tem seu nome inspirado nos “fios” de conversa das redes sociais.
A pergunta que fica é: quantas pessoas realmente leram os Termos de Uso e por que vivemos em um mundo que aceita contratos sem ler? De acordo com o advogado pós-graduado em Direito dos Negócios, Gustavo Chaves Barcellos, o fenômeno se explica em razão da necessidade que pessoas e empresas sentem de estarem hiperconectadas.
Em texto à imprensa, ele explicou que existe uma preocupação muito grande das empresas e pessoas estarem hiperconectadas, pela importância que isso gera para os relacionamentos sociais e até de negócios.
“Nas redes sociais, é comum que os contratos sejam unilaterais e tenham algumas cláusulas que podem ser interpretadas como ‘pegadinhas’. Mas isso acontece porque as Big Techs também estão preocupadas em construir um ambiente mais seguro para elas, já que vivem em um ecossistema muito novo e sem legislações consolidadas e claras”, explica.
Sendo assim, cabe ao usuário ler muito bem os termos de uso antes de aceitar qualquer condição.