Pagar o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, mesmo quando se está desempregado, é uma possibilidade real. A legislação previdenciária permite que pessoas sem um emprego formal continuem a contribuir, preservando assim seus direitos perante a seguridade social.
Neste período de incerteza financeira, é fundamental saber que você pode manter suas contribuições mesmo sem um trabalho formal.
Muitas pessoas têm a falsa crença de que estar afiliado ao INSS está diretamente ligado ao emprego atual. Porém, o que realmente determina sua afiliação é a contribuição regular, não a existência de um emprego formal.
Portanto, mesmo se você estiver desempregado e deseja continuar pagando o INSS, há opções disponíveis para garantir sua segurança previdenciária.
É importante destacar que manter suas contribuições durante o desemprego pode ser crucial para sua estabilidade financeira a longo prazo.
Fazendo esses pagamentos voluntários, você não apenas preserva seus benefícios previdenciários, mas também assegura sua tranquilidade no futuro.
Se você está interessado em entender como fazer essas contribuições mesmo sem um emprego formal, continue lendo para descobrir os detalhes e garantir que seus direitos perante a previdência estejam sempre protegidos.
Contribuições do INSS
O regime previdenciário é composto por duas categorias distintas de contribuintes: os obrigatórios e os facultativos. Os contribuintes obrigatórios abrangem aqueles que possuem vínculos formais de emprego.
Como por exemplo, empregados CLT, empregados domésticos, trabalhadores avulsos, autônomos e Microempreendedores Individuais (MEIs). Essas pessoas estão legalmente obrigadas a contribuir para o INSS de acordo com suas atividades profissionais.
Por outro lado, a categoria de contribuintes facultativos foi criada para permitir que pessoas sem fontes de renda formais também possam contribuir para o INSS e, assim, garantir sua cobertura previdenciária. Dentro dessa categoria, encontram-se diversos grupos, tais como:
- Estudantes e estagiários que desejam garantir sua previdência social mesmo durante sua formação acadêmica;
- Bolsistas de pesquisa científica, que podem optar por contribuir voluntariamente;
- Síndicos de condomínio não remunerados, que podem escolher fazer contribuições para sua segurança financeira no futuro;
- Donos e donas de casa que desejam assegurar sua proteção previdenciária, mesmo sem uma renda formal;
- Pessoas desempregadas em geral, que têm a opção de manter sua contribuição mesmo quando não estão vinculadas a um emprego formal.
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Planos de contribuição do INSS para desempregados
Para garantir seus benefícios previdenciários, é essencial que você realize suas contribuições por meio da Guia da Previdência Social (GPS).
Antes de efetuar o pagamento, é importante calcular o valor que você deseja contribuir. Você tem a flexibilidade de escolher entre realizar contribuições mensais ou trimestrais, de acordo com sua conveniência financeira.
O valor da sua contribuição deve estar dentro da faixa entre o salário mínimo (R$ 1.320,00) e o teto estipulado pelo INSS em 2023, que é de R$ 7.507,49.
Dentro desse intervalo, você tem a liberdade de escolher a porcentagem que melhor se adapta à sua situação financeira. Aqui estão três opções de alíquotas para você considerar:
- Segurado Facultativo de Baixa Renda: Se sua renda familiar é de até 2 salários mínimos, você pode optar pelo plano com alíquota de 5% sobre o salário mínimo. Isso equivale a R$ 66,00.
- Plano Simplificado: Com uma alíquota de 11%, sua contribuição seria de R$ 145,20.
- Plano Normal: Esta opção implica em uma alíquota de 20% sobre qualquer valor entre o salário mínimo e o teto do INSS. Portanto, suas contribuições variariam de um mínimo de R$ 264,00 até um máximo de R$ 1.501,49.
Aqueles que estão desempregados podem contribuir com valores flexíveis, uma vez que não possuem uma renda específica.
Contudo, é fundamental notar que optando pela alíquota de 20%, você terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, um benefício que não está disponível para as outras categorias de contribuintes.
Observações importantes
Quando você está preenchendo a guia do INSS, é essencial fornecer o código de identificação correto. Este código está relacionado ao valor do recolhimento e à alíquota que você está pagando. Vejamos alguns exemplos:
- Para uma taxa de 20% paga mensalmente, o código de identificação é 1406;
- Se você está pagando uma alíquota de 20% trimestralmente, utilize o código 1457;
- Para uma alíquota de 11% paga mensalmente, o código apropriado é 1473;
- No caso de uma taxa de 1% paga trimestralmente, o código correspondente é 1490;
- Para uma alíquota de 5% paga mensalmente, o código de identificação é 1929;
- E se você está pagando 5% trimestralmente, o código correto é 1937.
Por fim, certifique-se de utilizar o código de identificação apropriado para garantir que seu pagamento ao INSS esteja correto e em conformidade com a legislação vigente.