Os níveis de capitalização e de liquidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) mantiveram-se superiores aos requerimentos prudenciais, destaca o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), através de divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), realizada na data desta publicação, 02 de junho de 2022.
O sistema tem mantido níveis de ativos líquidos suficientes para absorver potenciais perdas em cenários estressados, apesar da redução do volume de liquidez disponível, fruto da adequação às atuais condições de mercado e à concorrência por funding.
De acordo com o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), o nível de capital manteve-se estável e superior ao requerido. Embora a rápida elevação do custo de captação tenha reduzido as margens de crédito, o nível da rentabilidade se mantém estável pela elevação da renda com ativos de tesouraria.
Os resultados dos testes de estresse demonstram que o sistema está resiliente, pondera o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef). A avaliação de cenários de estresse macroeconômico indica que o sistema não apresentaria problema relevante.
De acordo com o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), o apetite ao risco das IFs segue aumentando, com destaque para algumas modalidades de crédito para famílias em linhas de maior risco e de maior retorno.
Esse movimento deve elevar a inadimplência, ainda que dentro de padrões históricos. As operações com cartão de crédito e de crédito não consignado crescem em ritmo elevado, informa o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), através de divulgação realizada pelo Banco Central do Brasil (BCB).
Por outro lado, apesar das concessões de crédito imobiliário permanecerem historicamente elevadas, seu crescimento tem arrefecido em razão do aumento das taxas de juros, o que gera pressão sobre o funding e o spread da modalidade. O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) avalia que é importante que os intermediários financeiros continuem preservando a qualidade das concessões.
De acordo com a análise feita pelo Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), as condições financeiras globais ficaram mais restritivas. A eventual materialização de cenários extremos de reprecificação de ativos financeiros globais devido ao aperto monetário e riscos geopolíticos pode levar a impacto significante sobre economias emergentes.
De acordo com a divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB), no período mais recente, o recrudescimento de tensões geopolíticas aumenta a incerteza acerca do cenário prospectivo da economia global.
Diante da reduzida exposição cambial e da baixa dependência de funding externo, a exposição do Sistema Financeiro Nacional (SFN) aos efeitos imediatos das atuais tensões internacionais é baixa, embora possa haver efeitos secundários decorrentes de um eventual aumento global da aversão ao risco.