Combustíveis: os vilões da inflação
O resultado da inflação de 0,95% do mês de novembro foi divulgada nesta sexta-feira (10). Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se alta é inferior se comparado a outros meses, o acumulado promete assustar, em 12 meses já são 10,74% – o maior nível já registrado desde 2003.
O que chama atenção é que os vilões são os combustíveis, embora não seja novidade. A gasolina, por exemplo, subiu 50% em 12 meses. já o etanol alcançou alta de aproximados 70%.
Outros itens com altas significativas foram: o pimentão (54,95%) e o açúcar refinado (51, 38%). Outros itens, no setor de alimento, pelo contrário, apresentaram queda, como é o caso do limão (-23,64%), a maçã (-16,43%) e o morango (-13,68%). O valor do arroz também caiu 12,13%.
Neste cenário, o Copom divulgou nesta semana a alta da inflação. A medida tem como objetivo diminuir a inflação e pode também valorizar o real comparado ao dólar. Os efeitos no mercado, porém, não devem ser imediatos e devem começar a serem sentidos aos poucos. Agora para entender o que inflação e como ela impacta na sua vida – clique aqui.
Este é o sétimo aumento consecutivo, o que fez com que o indicador ficasse mais alto em pouco mais que quatro anos – valor maior só foi registrado em julho de 2017 – quando a Selic ficou em 10,25%.
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Inflação e o que dizem os economistas
Economistas ouvidos pelo portal Metrópoles veem o resultado da inflação como um possibilidade de um cenário positivo, com avanço de ativos econômicos. “Deveremos ver surpresas benignas nos próximos meses. No IPCA de hoje nos chama atenção a deflação de alimentos que saiu de 1,25% em outubro para -0,04% em novembro”, declarou o economista-chefe da Necton Investimento, André Perfeito.
“Estamos entrando na fase ‘menos pior’ dos dados econômicos, onde o valor em si é ainda ruim, mas já aponta fadiga. Isso não quer dizer que irá melhorar a economia no curto prazo, mas só de vir melhor na margem já irá abrir espaço para correção dos juros e de bolsa”, completou.
Se as previsões irão se concretizar só é possível saber nos próximos meses. Será que o ano 2022 contará com melhora na economia?