A inflação oficial do país subiu 0,54% em janeiro, isso por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Chama a atenção que este foi o pior resultado para o mês de 2016 (1,27%). Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Houve desaceleração nos últimos três meses se comparado sequencialmente, mas em comparação ano a ano o resultado de janeiro não foi positivo. o resultado da inflação do mês passado foi impactado por setores como preços de alimentos (1,11%) e a queda no setor de transporte.
Neste cenário, o valor do salário mínimo ideal deveria ser de R$ 5.997,14. Para se ter uma ideia, o salário mínimo de 2022 é 4,95 vezes menor do que o ideal, alcançado apenas R$ 1.212.
Já o INPC, que mede a inflação para as família que recebem de 1 a 5 salários mínimos registrou alta de 0,67% em janeiro.
Inflação: 73% dos itens pesquisados aumentaram
O índice de difusão da inflação saiu de 75% para 73%. O que reflete a alta generalizada do indicador, de acordo com o IBGE.
“De modo geral, seguimos interpretando a composição do IPCA como desfavorável. Tanto os industriais quanto os serviços ficaram acima do esperado, com medidas subjacentes visivelmente pressionadas em ambos setores. Dada a permanência dos gargalos globais de oferta, ganhos de mobilidade e contaminação dos núcleos, enxergamos continuidade dessas pressões nos próximos meses”, disse ao G1, Para Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco Modalmais.
Resultado por grupo pesquisado:
- Alimentação e bebidas: 1,11%
- Habitação: 0,16%
- Artigos de residência: 1,82%
- Vestuário: 1,07%
- Transportes: -0,11%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,36%
- Despesas pessoais: 0,78%
- Educação: 0,25%
- Comunicação: 1,05%
Combustíveis ficaram mais baratos
O setor de transporte apresentou queda, com destaque para a diminuição no preço dos combustíveis e de serviços relacionados a área. Confira abaixo:
- gasolina (-1,14%);
- etanol (-2,84%);
- gás veicular (-0,86%);
- óleo diesel (2,38%);
- transportes por aplicativo (-17,96%);
- aluguel de veículo (-3,79%).
Alimentos pressionam inflação
Os alimentos pressionaram para cima a inflação em janeiro, com destaque para:
- Carnes (1,32%);
- Frutas (3,40%);
- Café moído (4,75%);
- Cenoura (27,64%);
- Cebola (12,43%);
- Batata-inglesa (9,65%);
- Tomate (6,21%).
O café, inclusive, teve alta no preço 11º mês consecutivo e no acumulado, de 12 meses, já atingiu 56,87% de inflação.
Inflação em 12 meses
A inflação oficial já acumula alta de 10,38%, valor acima dos 10,06% calculador nos 12 meses anteriores. Mesmo com o valor, a taxa acumulada apresentou melhor resultados em relação a outubro e novembro.