Colecionadores pagam mais de R$ 2 MIL por moeda de 1 REAL

Valores apresentados em catálogos funcionam como base para as negociações, mas podem variar caso o colecionador acredite que vale a pena pagar mais caro

Uma moeda de 1 real vem mexendo com o imaginário de muitas pessoas no Brasil. Esses itens possuem o mesmo valor em todos os cantos do país, mas alguns colecionadores pagam muito caro por modelos específicos, que possuem alguma característica única ou incomum, e os valores podem atingir a casa das centenas ou milhares de reais.

Foi justamente isso o que aconteceu com uma moeda de 1 real, que pode ser vendida por mais de R$ 2.000 no país. Para muitas pessoas, é bem difícil entender como isso é pode acontecer, mas a explicação é bem simples: os colecionadores não se importam com o valor facial destes itens, porque isso é tido como um detalhe. O que realmente importa são as particularidades que os modelos apresentam.

Como a maioria das pessoas veem as moedas como itens apenas utilizados para pagamento de contas ou troco, a ideia de valer centenas ou milhares de reais é bem irreal. Caso esse seja o seu caso, leia o texto até o final e saiba mais sobre esse mundo, que vem atraindo cada vez mais admiradores no país.

Colecionismo de moedas no Brasil

O universo de moedas raras é fascinante para os colecionadores. A busca por itens incomuns, com características únicas, faz diversas pessoas pagarem muito dinheiro por alguns modelos específicos, e os valores podem chegar à marca de milhares de reais.

A saber, as pessoas que se especializam, pesquisam ou colecionam cédulas, moedas e medalhas são chamadas de numismatas. Esse universo vem garantindo uma renda extra para muitos brasileiros, que veem nestes itens incomuns uma forma de aumentar seus rendimentos de maneira rápida e sem dificuldade.

Entre os diversos modelos que fazem sucesso na internet, existe uma moeda de 1 real está mexendo com o imaginário dos colecionadores. Muitos deles afirmam estar dispostos a pagarem verdadeiras fortunas por um exemplar que possui uma falha específica, que passa despercebida pela maioria das pessoas.

Aliás, você deve ficar atento, pois o modelo valioso ainda segue em circulação no país, apesar de ser muito difícil encontrá-lo. Na verdade, os numismatas buscam itens únicos, com características raras. Por isso, eles analisam detalhadamente as moedas, algo que as pessoas não costumam fazer.

Falha eleva o valor do item

No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Contudo, os exemplares nem sempre saem como planejado e alguns acabam apresentando erros ou defeitos de fabricação. Isso acaba torna o item raro, e muitas pessoas passam a buscá-lo, mostrando-se dispostas a pagar caro por ele.

Além disso, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares durante algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.

No entanto, a moeda de 1 real apresentada nesse texto, que está valendo mais de R$ 2.000, não possui qualquer das peculiaridades citadas. Em suma, a Casa da Moeda fabricou 3,8 milhões de unidades de 1 real em 1999, menor tiragem anual para o modelo. Essa quantidade limitada de peças elevou significativamente o valor do item no país.

Confira abaixo as menores tiragens anuais de moedas de R$ 1 da segunda família do real:

  • 1999: 3,8 milhões;
  • 2014: 11,9 milhões;
  • 1998: 18,0 milhões;
  • 2016: 25,1 milhões;
  • 2005: 43,8 milhões;
  • 2002: 54,2 milhões;
  • 2021: 63,7 milhões.

Em todos os outros anos, a tiragem superou a marca de 100 milhões de unidades produzidas. Isso mostra que as produções citadas anteriormente foram muito baixas, principalmente a de 1999, única a ficar abaixo de 10 milhões de unidades.

Moeda de 1 real de 1999
Moeda de 1 real de 1999. Imagem: Reprodução.

Estado de conservação define valor dos itens

As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.

Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.

Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.

De acordo com o catálogo ilustrado de Moedas com Erros, a moeda de 25 centavos de 1999 pode ser vendida pelos seguintes valores:

  • Flor de cunho: R$ 650;
  • Soberba: R$ 320;
  • MBC: R$ 70.

Entretanto, vale destacar que ainda existe m estado de conservação chamado flor de cunho excepcional (FDCe). Nesse caso, a moeda se refere a uma exceção, sendo considerada o modelo perfeito, sem qualquer defeito de cunho e marcas de contato, e com todo o brilho original. Caso você tenha uma moeda assim de 1999, poderá vendê-la por até R$ 2.500, segundo o Catálogo Bentes.

Cabe salientar que os valores apresentados em catálogos funcionam apenas como uma base para as negociações. Caso o colecionador acredite que vale a pena pagar mais caro pelo item, ele o fará.

Como vender as moedas?

Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.

  • Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
  • Acessar lojas especializadas na compra e na venda de moedas raras, tanto físicas quanto online;
  • Participar de leilões de moedas raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
  • Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.

Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais

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