A carteira digital da Claro, conhecida como Claro Pay, é um grande atrativo da empresa, esta tem um rendimento de 150% do CDI. Contudo, para alguns clientes, o serviço da Claro se tornou um grande problema. Muitas pessoas que utilizam este serviço informaram que algumas transferências via PIX foram realizadas sem sua autorização, deste modo retirando valores que antes estavam na conta
Ao questionar a Claro sobre as transferências PIX, em nota, ela afirmou que “os relatos estão sendo apurados, como prática de governança, e as medidas necessárias serão adotadas”. Além disso, a respeito das demandas dos clientes, a empresa diz já estar em tratativa por meio de seus canais de atendimento.
Transações via PIX indevidas
Em um dos casos relatados, dois Pix foram realizados sem autorização da conta de um cliente de São Paulo, no total de R$ 9.888. Ao contatar a empresa, o atendimento disse estar sem sistema.
Já outro cliente de Nova Iguaçu, este traz um relato parecido, onde foi realizado três saques via PIX sem a sua autorização. Este consumidor também entrou em contato com o atendimento e realizou um boletim de ocorrência. Contudo, a Claro não deu prazo para reembolso dos valores.
Um outro caso aconteceu com um correntista de Belo Horizonte, este teve sete Pix feitos sem a sua autorização, oque totalizou quase R$ 10.000. Após o contato com a central de atendimento da empresa, seu acesso à conta foi bloqueado. Deste modo, agora o consumidor não consegue acessar o valor restante na sua conta. “[Essa] conta não tem segurança nenhuma, não deixem dinheiro”, alerta o correntista.
Golpes no sistema
Ultimamente vem aparecendo diversos golpes relacionados ao Pix, nesta semana o “Urubu do Pix” virou assunto entre a população. O golpe consiste em estimular a vítima para fazer um depósito com a promessa de que irá receber o valor depositado multiplicado.
Devido à facilidade e a agilidade do pagamento, muitas pessoas utilizam o sistema no país, deste modo, o mecanismo se tornou alvo de criminosos. No Urubu do Pix, aciona as suas vítimas através das redes sociais, com um texto bem simples que promete um lucro quase instantâneo em relação à transferência.
Por exemplo, um anúncio informa que ao transferir R$ 200, você terá a devolução com juros onde se transformaria em R$ 2000. Ao clicar no link para conversar com o suposto atendente, é utilizado técnicas para convencer a vítima de realizar a operação. Alguns deles induzem a vítima a realizar um depósito teste para comprovar a veracidade da transação.
Infelizmente, após a transferência do PIX o número bloqueia a vítima na qual perde a quantia depositada. O golpe explora a vulnerabilidade da população brasileira que passa por momentos de crise financeira, em casos de necessidade as pessoas acabam buscando alternativas para ter uma renda extra, e acabam acreditando que o retorno acontece.
Estes mecanismos que os golpistas usam para convencer as vítimas do golpe é nomeado de engenharia social, que nada mais é do que uma manipulação psicológica. Para se proteger de golpes relacionados a Pix, é uma boa ideia é desconfiar de links postados em grupos e não disseminar estas informações.