Clássicos do vestibular: A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

Escrito em 1875, em plena campanha abolicionista, o livro A Escrava Isaura é um dos clássicos da literatura brasileira. No romance, Bernardo Guimarães conta a história de Isaura, uma escrava de pele branca muito bem criada e educada.

A história se passa nos primeiros anos do reinado de D. Pedro II, de modo que o autor acaba tratando de um tema muito polêmico para a sociedade da época, a questão da escravidão. Nesse sentido, o folhetim era uma obra anti-escravagista e, com ele, o autor trazia o ideal libertário.

Enredo e características

O foco narrativo da obra é em 3ª pessoa, de modo que o narrador é onisciente, relata as ações de todas as personagens e, às vezes, dá uma visão pessoal do que acontece. O enredo se ambienta na cidade de Campos de Goitacases, no Rio de Janeiro, e em Recife.

Isaura, a escrava de pele branca da cor de marfim e de cabelos longos, é a personagem principal. A inteligência, a pureza e a beleza da jovem encanta a todos. Apesar do caráter nobre e de ser querida por todos, Isaura era alvo dos assédios do seu senhor, Leôncio, homem cruel e autoritário.

Mesmo casado com Malvina, Leôncio perseguia Isaura e tentava possuí-la. No entanto, a jovem negava sempre às suas tentativas e fugia. Com isso, se inicia uma série de acontecimentos em que Leôncio pune e persegue a escrava branca por sua resistência.

Em um desses episódios, o seu pai, um homem branco e livre, consegue resgatá-la e eles fogem para Pernambuco. Lá, ambos vivem escondidos, com codinomes, e Isaura acaba despertando interesse de Álvaro, um jovem abolicionista, pelo qual ela também se apaixona.

No entanto, mesmo tendo falido, Leôncio consegue resgatar Isaura e tenta casá-la à força com o jardineiro de sua fazenda. Mas, antes que isso aconteça, Álvaro compra as dívidas de Leôncio e passa a ser dono de suas propriedades, inclusive de Isaura. É assim que a jovem se vê livre de seu senhor e de sua condição de escrava.

A Escrava Isaura traz a estrutura narrativa dos modelos folhetinescos de histórias românticas. Nesse sentido, há a figura de um herói que realiza uma perigosa jornada, na qual coloca em risco a sua própria vida para atingir seu ideal e obter o reconhecimento de todos. Além disso, há na figura de Isaura a idealização de mulher do período, bem como o embate entre o bem e o mal.

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