Surgido na Itália, o classicismo foi um movimento de caráter cultural que se insere no Renascimento europeu. Desse modo, o movimento surgiu no século XV e se estendeu até o século XVI. O período recebe destaque na história por ser marcado pela transição da Idade Média pra a Idade Moderna, de modo que o classicismo se relaciona diretamente às questões que emergiram nesse cenário.
Durante a Idade Média, o pensamento teocêntrico prevalecia. Além disso, a Igreja Católica detinha de todo o poder econômico e político, de modo que o desenvolvimento da cultura e da ciência dependia do crivo da igreja. Na transição para a Idade Moderna, há uma quebra. O homem passa a ser visto como centro e a cultura consegue se esquivar do que ditava a igreja. Além disso, trata-se também do período em que se iniciaram as Grandes Navegações e surgiu o humanismo.
Características do classicismo
As principais influências culturais e artísticas da época retomavam a Grécia Antiga, tida como berço da cultura ocidental. Desse modo, o movimento enaltecia a Antiguidade Clássica e suas formas. Nesse sentido, como o próprio nome já indica, o classicismo fazia esse retorno às formas clássicas. Tanto a literatura quanto as artes plásticas do período apresentavam a busca pelo equilíbrio, pela proporção e pela objetividade.
Além disso, o movimento prezava muito pelo rigor formal e as formas do ideal de beleza grego. As obras não deveriam conter subjetividade, de modo que o que vale é a obra e não a intenção do autor.
Na literatura, os gêneros textuais não podiam se misturar. Desse modo, a poesia lírica tinha suas características próprias; a poesia épica também tinha aspectos só seus, bem como a dramaturgia, por exemplo. Assim, os autores usavam amplamente as formas textuais da Grécia Antiga, com forte presença da dramaturgia, da tragédia e da comédia.
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