O Pix já soma quase 350 milhões de chaves individuais que se encontram ativas, isso apenas em um ano após o seu lançamento. Dessa maneira, quase R$ 40 bilhões de dinheiro em espécie deixaram de circular no Brasil de janeiro a outubro deste ano, o que representa uma queda de 10,5% em comparação com o final do ano passado.
Os dados foram divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC), que foi quem inventou o sistema de pagamentos instantâneo, que foi oficialmente inaugurado em 16 de novembro de 2020. Na soma entre pessoas físicas e jurídicas, já temos quase 350 milhões de chaves ativas.
Número de transações e volume movimentado com o Pix chama a atenção
Cerca de 1 bilhão de transações movimentam em média R$ 550 bilhões por mês, o que representa mais de um terço do PIB do Brasil. No comparativo com outros meios de pagamento, como as transações via TED e DOC, além do cheque, o número de transações já caiu quase pela metade de janeir a outubro deste ano.
No caso de TEDs, o volume que chegava a R$ 192 milhões passou para R$ 94 milhões, e de R$ 45 milhões para R$ 25 milhões no caso de DOCs e cheques. Houve um aumento na impressão de papel-moeda de 48,2% entre setembro de 2019 e agosto de 2020, sendo que a alta aconteceu devido a impressão para pagar o Auxílio Emergencial, no valor de R$ 600 mensais para quase 68 milhões de pessoas.
Pandemia mudou a forma de como uma parcela dos brasileiros enxergam o dinheiro
Com a ajuda do Pix e da mudança de hábitos para a utilização do dinheiro, que foi impactada com a pandemia, apesar dos pagamentos do Auxílio Emergencial do Governo Federal e com o aumento da inflação, o movimento foi para uma outra direção.
Foi registrada uma redução de 7,1% no movimento de dinheiro físico nos últimos 12 meses, de acordo com a última contagem que aconteceu em outubro. Através de uma nota, o Banco Central registrou que o uso do papel-moeda em 2021 acabou retornando ao padrão histórico, após um ano de 2020 que foi atípico.
Segundo o órgão, mesmo com a chegada da pandemia de Covid-19, além do Pix que mudou a concepção do dinheiro de milhões de brasileiros, ainda não existe uma relação que mostre o por que o papel moeda está sendo menos frequente na economia geral.
Popularização das fintechs acaba afetando a redução de papel-moeda
Um dos fatores que mais têm sido apontados para que esteja ocorrendo essa redução na demanda por papel-moeda, pode ser o fato de estar acontecendo uma popularização das fintechs, já que essas empresas financeiras aumentaram o leque de serviços financeiros que antes não acontecia em bancos tradicionais.
Inclusive para muitos analistas financeiros, o dinheiro em espécie está com os dias contados, sendo que a migração do papel-moeda para o dinheiro digital está oferecendo mais ganhos aos usuários, como um menor custo de impressão e de distribuição.