A cidade de Campinas, no estado de São Paulo, criou um auxílio emergencial para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social e que perderam algum parente para a Covid-19. Até aí, nada de novo ou de muito diferente do que acontece em outras regiões. Mas neste caso, algo inusitado aconteceu: a procura está muito baixa.
De acordo com informações da Prefeitura da cidade, cerca de 350 famílias se encaixam nas regras para receber esse benefício em Campinas. Mas deste montante, apenas 3 delas procuraram se inscrever para receber o montante. Isso é muito menos do que eles estavam esperando atender até aqui.
Segundo esse projeto em questão, a ideia é pagar um montante de R$1,6 mil dividido em 3 parcelas. Esse é portanto um valor mais alto do que até mesmo alguns dos benefícios do Governo Federal. Mesmo assim, a procura até aqui não chegou a 1% das pessoas que podem ser atendidas pelo dinheiro.
A ideia da prefeitura é selecionar as famílias que tenham crianças e adolescentes dos 11 meses até 17 anos de idade que perderam pai, mãe ou qualquer responsável para a Covid-19. Além disso, é preciso estar em situação de vulnerabilidade. Diante da baixa procura, a cidade decidiu fazer uma espécie de busca ativa.
“Temos feito o apelo para quem conhece alguém que tenha direito a receber o Campinas Protege comunique essa família, informe sobre o programa e e fale para ela se cadastrar. As famílias devem procurar o WhatsApp e fazer o pedido”, disse a Secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Vandecleya Moro.
De acordo com informações da Prefeitura de Campinas, para receber esse benefício por lá vai ser preciso ser uma família em que se registre um óbito por Covid-19 de um pai, mãe ou responsável de uma criança ou adolescente.
A morte precisa ter ocorrido desde o dia 21 de março de 2022, que é quando o país entrou em período de calamidade pública. A Prefeitura também colocou como exigência a participação no Cadúnico do Governo Federal.
Para quem não é de Campinas, uma saída é procurar se informar com a Prefeitura da sua cidade ou mesmo com o Governo do seu estado sobre esses projetos. Vários prefeitos e governadores criaram benefícios semelhantes.
A baixa procura por um auxílio social em Campinas é tudo menos comum. De acordo com analistas, o que deve estar acontecendo por lá é muito mais uma falta de informação das pessoas do que a falta de necessidade.
No caso dos benefícios do Governo Federal, por exemplo, a situação é outra. Eles possuem poucas vagas para muita gente. Estima-se que o Auxílio Brasil, por exemplo, não vá conseguir atender todo mundo que precisa.
A mesma lógica deve ser vista no vale-gás nacional que deverá atender apenas 3 em cada 10 usuários do Auxílio Brasil. Então neste caso, há até mesmo uma pressão para que o Planalto aumente a quantidade de vagas.