Ciclone causa estrago de R$500 Milhões! Confira Imagens

Tempestade Poly causa danos milionários e óbitos

O ciclone extratropical Poly alcançou a Holanda e a Alemanha, representando uma tempestade de verão recorde com prejuízos estimados em 100 milhões de euros(cerca de R$500 milhões). Segundo informações das seguradoras holandesas, o episódio, que resultou na morte de duas pessoas, pode ter gerado um impacto ainda maior.

Com velocidade de ventos chegando a quase 150 km/h, Poly afetou irreversivelmente dezenas de estruturas, derrubou árvores e cancelou cerca de 400 voos programados a partir do Aeroporto Schiphol de Amsterdã.

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ciclone na Holanda
Arvore derrubada pelo ciclone sobre veículo no Centro de Amsterdã, depois que a tempestade Poly atingiu o Norte da Holanda. | EVERT ELZINGA/ANP/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Sobre os estragos causados pela Tempestade PolyA Associação Holandesa de Seguradoras divulgou um comunicado em que indicou que os danos acumulados por residências, veículos e edifícios comerciais poderiam variar entre 50 a 100 milhões de euros. “Poly causou estragos e o impacto é grande”, declarou Richard Weurding, diretor da associação.

Ele ressalta, no entanto, que esta é uma avaliação inicial, tomada a partir de dados históricos, e que o valor final do prejuízo “ainda pode aumentar”.

Várias árvores de uma rua de Haarlem derrubadas pelo vento intenso do ciclone Poly que castigou Amsterdã e outras áreas da Holanda.
Várias árvores de uma rua de Haarlem derrubadas pelo vento intenso do ciclone Poly que castigou Amsterdã e outras áreas da Holanda. | REMKO DE WAAL/ ANP/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Quais foram as consequências humanas do ciclone Poly?

Auém dos danos materiais, a passagem do ciclone resultou na morte de duas mulheres, uma na Holanda e outra na Alemanha após serem atingidas por árvores derrubadas pelo vento intenso. Em Amsterdã, um homem ficou gravemente ferido após uma árvore cair em seu veículo.

A retomada das atividades na Holanda e na Alemanha

Apesar dos estragos, as atividades estão sendo normalizadas nos Países Baixos. No Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, os voos foram retomados. No entanto, os passageiros ainda enfrentam tempo de espera maior que o usual para check-in e verificações por conta dos atrasos ocorridos durante a tempestade.

Vale lembrar que a última tempestade ciclônica severa na Holanda se deu em 18 de janeiro de 2018. No entanto, uma tempestade menos agressiva também ocorreu em 26 de agosto de 2020.

Novos Ciclones previstos em outras partes do mundo

Segundo as projeções mais recentes da Universidade Estadual do Colorado (CSU), a temporada de furacões no Atlântico deste ano promete ter mais tempestades tropicais do que o previsto anteriormente. O motivo dessa reavaliação é a temperatura da superfície do mar, que se encontra em níveis recordes.

A equipe CSU, que no mês passado já havia elevado suas previsões para uma temporada próxima ao normal, agora aumentou sua projeção para 18 tempestades nomeadas, incluindo nove furacões, quatro dos quais poderiam ser classificados como grandes tempestades com ventos de pelo menos 179 quilômetros por hora (111 milhas por hora).

A influência das temperaturas marítimas na temporada de furacões

“A maior parte do Atlântico tropical e subtropical agora tem temperaturas de superfície do mar recorde”, diz o grupo de Pesquisa em Meteorologia Tropical e Clima da CSU em seu último relatório. Essas temperaturas são “o principal motivo para o aumento em nossos números de previsão”, acrescenta a CSU.

Esse fenômeno climático conhecido como El Niño, que normalmente suprime a atividade de furacões no Atlântico, este ano tem sido compensado pelas águas oceânicas muito quentes. “A alta chance de um robusto El Niño é o motivo pelo qual a previsão de furacões da CSU não é para mais atividades”, escreveu o pesquisador da CSU, Phil Klotzbach.

A relação entre águas quentes e tempestades mais eficientes

Águas mais quentes alimentam tempestades mais enérgicas, pois colocam mais vapor na atmosfera, o que pode produzir precipitação mais intensa. A temperatura média da superfície do mar em junho em todo o Atlântico Norte estava 0.91 graus Celsius acima da média de 1991-2020, e meio grau a mais do que a junho mais quente anterior, conforme anunciado pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia, que monitora as temperaturas do oceano e do ar.

A temporada de tempestades do Atlântico começou em 1º de junho e vai até 30 de novembro. As perspectivas elevadas da CSU são muito superiores às da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), que prevê uma temporada próxima ao normal, com 12 a 17 tempestades nomeadas, cinco a nove furacões e um a quatro grandes furacões.

Reflexos climáticos em tempos de mudanças

O aumento na previsão de tempestades serve como um alerta sobre os crescentes efeitos das mudanças climáticas e ressalta a importância de ações concretas para mitigar seus impactos de longo prazo. Diante desse cenário, os especialistas recomendam a todos que vivem em regiões vulneráveis ??a essas condições climáticas extremas que estejam atentos às previsões e sigam todas as orientações das autoridades locais durante a temporada de furacões.

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