Segundo um levantamento mensal realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o custo médio da cesta básica teve um aumento em 16 capitais brasileiras. Apenas na cidade de Recife houve uma redução em outubro de -0,85% em relação ao mês anterior.
O estudo constatou que as maiores altas foram registradas em Vitória (6,00%), Florianópolis (5,71%), Rio de Janeiro (4,79%), Curitiba (4,75%) e Brasília (4,28%). A cesta básica mais cara foi encontrada em Florianópolis, custando R$ 700,69, seguida por São Paulo com o valor de R$ 693,79, Porto Alegre R$ 691,08 e Rio de Janeiro R$ 673,85.
As capitais do Norte e Nordeste registraram os menores custos de cesta básica nesse período. Na cidade de Aracaju o preço médio da cesta básica era de R$ 464,17. Recife e Salvador também registraram valores mais baixos, custando R$ 485,26 e R$ 487,59 respectivamente.
Alimentos que ficaram mais caros no período
Além da alta de alimentos não-perecíveis que compõem a cesta básica, diversos outros alimentos como batata e tomate sofreram um aumento no mês de outubro. O DIEESE informou que o quilo do tomate registrou um aumento em 16 capitais. A maior alta foi registrada em Vitória (55,54%).
Nesse período, a batata foi o alimento que registrou a maior alta. As taxas divulgadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos apontam que as taxas variam de 15,51% a 33,78%, dependendo da região do país.
Custo e variação da cesta básica em 17 capitais do Brasil
De acordo com o levantamento mensal feito pela DIEESE, ao comparar o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido (após o desconto de 7,5% da Previdência Social), os trabalhadores remunerados pelo piso comprometem 58,35% do seu salário com alimentos básicos. No mês de setembro o percentual foi de 56,53%. Confira o custo e variação do preço da cesta básica em 17 capitais brasileiras:
Capital | Valor da
cesta |
Variação
mensal (%) |
Tempo
de trabalho |
Variação
no ano (%) |
Variação
em 12 meses (%) |
Florianópolis | 700,69 | 5,71 | 140h08m | 13,83 | 19,83 |
São Paulo | 693,79 | 3,02 | 138h46m | 9,87 | 16,43 |
Porto Alegre | 691,08 | 2,78 | 138h13m | 12,25 | 18,87 |
Rio de Janeiro | 673,85 | 4,79 | 134h46m | 8,49 | 13,78 |
Vitória | 670,99 | 6,00 | 134h12m | 11,78 | 21,37 |
Campo Grande | 653,40 | 3,58 | 130h41m | 13,34 | 25,62 |
Brasília | 644,09 | 4,28 | 128h49m | 8,83 | 31,65 |
Curitiba | 639,89 | 4,75 | 127h59m | 18,42 | 22,79 |
Belo Horizonte | 598,79 | 2,78 | 119h46m | 5,32 | 15,86 |
Goiânia | 591,78 | 3,08 | 118h22m | 4,96 | 10,08 |
Fortaleza | 563,96 | 2,15 | 112h47m | 5,42 | 10,46 |
Belém | 538,44 | 1,10 | 107h41m | 7,50 | 15,00 |
Natal | 504,66 | 2,30 | 100h56m | 10,00 | 15,55 |
João Pessoa | 491,12 | 3,04 | 98h13m | 3,35 | 9,15 |
Salvador | 487,59 | 1,82 | 97h31m | 1,78 | 7,28 |
Recife | 485,26 | -0,85 | 97h03m | 3,38 | 3,44 |
Aracaju | 464,17 | 2,23 | 92h50m | 2,43 | 4,95 |
Segundo o DIEESE, ao comparar os meses de outubro de 2020 e outubro de 2021, o preço da cesta básica subiu em todas as capitais brasileiras que são analisadas pelo levantamento. Os maiores percentuais foram registrados em Brasília (31,65%), Campo Grande (25,62%) e Curitiba (22,79%).