Celular Seguro atinge nova marca e surpreende governo. Veja números
Celular Seguro é um sistema que permite que o cidadão que teve o celular perdido faça um alerta de bloqueio
O Ministério da Justiça divulgou nesta semana novos números do Celular Seguro. Trata-se do sistema criado pela pasta para facilitar a vida de quem perdeu o aparelho de telefone por algum motivo. Por meio dele, é possível fazer um alerta de bloqueio.
De acordo com o Ministério, o sistema já recebeu mais de 30 mil pedidos de bloqueio. Estamos falando de casos de celulares furtados, roubados ou mesmo perdidos. O número, que surpreendeu o governo federal, foi divulgado ainda na última terça-feira (12).
O Celular Seguro
O programa Celular Seguro é recente, e foi criado em dezembro do ano passado. Os dados mais atualizados indicam que o sistema conta com pouco mais de 1,7 milhão de pessoas cadastradas. São cidadãos que podem apertar o botão de alerta e bloquear os seus aparelhos caso os perca.
Neste sentido, vale lembrar também que o sistema conta com mais de 1,3 milhão de aparelhos registrados. Qualquer cidadão pode se inscrever no sistema a qualquer momento.
Como usar o Celular Seguro
O sistema do Celular Seguro funciona por meio de uma parceria entre o governo federal, e empresas dos mais variados segmentos. Funciona basicamente desta forma:
- O cidadão cadastra o seu número na plataforma de maneira gratuita;
- No momento do cadastro, ele pode escolher uma ou mais pessoas de confiança;
- Caso este cidadão tenha o telefone roubado, furtado ou perdido, ele pode pedir para que esta pessoa de confiança acione o botão de bloqueio;
- Com este acionamento, o governo fica ciente de que aquele celular foi perdido, e envia imediatamente a informação para as empresas parceiras;
- Cada empresa recebe a notificação e fica encarregada de bloquear o seu app naquele determinado celular.
Como visto, o papel do governo federal neste sistema é apenas avisar as empresas sobre o ocorrido. Cada companhia pode bloquear o seu aplicativo naquele celular no tempo que achar possível. Em alguns casos, há a promessa de bloqueio imediato. Em outros casos, é possível que este processo aconteça apenas em até 48 horas.
“A gente entende que não é uma bala de prata, mas uma iniciativa de segurança pública para combater o crime patrimonial. Muito da violência urbana está ligada hoje ao furto e roubo de celular”, explicou o subsecretário de Tecnologia do MJSP, Ney Barros.
Processo não pode ser desfeito
Há, no entanto, um ponto que precisa ficar muito claro em todo este processo. É preciso tomar cuidado no momento de bloquear o seu telefone, porque não existe nenhuma possibilidade de desfazer a ação. Uma vez bloqueado, o aparelho vai perder quase toda a sua funcionalidade.
“A ação garante o bloqueio ágil do aparelho, mas, por questões de segurança, não permite a reversão do processo. Caso o usuário emita um alerta de perda, furto ou roubo, mas recupere o telefone em seguida, deverá solicitar os acessos através do contato com a operadora, bancos e outros”, diz a pasta.
Ainda preciso realizar o BO?
Uma das principais dúvidas das pessoas que estão dentro do sistema do Celular Seguro, é a necessidade ou não de registro do Boletim de Ocorrência (BO) mesmo depois de registrar o roubo ou furto no aplicativo. Afinal de contas, o que se sabe sobre este assunto?
De acordo com o Ministério da Justiça, o funcionamento do aplicativo não exige necessariamente o registro de um Boletim de Ocorrência na polícia. Assim, o cidadão vai conseguir bloquear o seu aparelho mesmo antes de registrar o seu roubo em uma agência policial.
Mas o registro do BO segue sendo muito importante mesmo para as pessoas que entraram no sistema do Celular Seguro. Tal processo tem o objetivo de ajudar as diferentes esferas de governo e de polícia a mapear a situação da violência em todos os lugares do país, e a partir destes números conseguir formular políticas públicas para tentar resolver o problema.