O teste CAPTCHA, o qual fica disponível ao acessar determinados sites, possui a finalidade de discernir entre computadores e indivíduos. No entanto, sua utilidade está ameaçada, uma vez que esse mecanismo, semelhante a um enigma virtual, tem provavelmente causado incômodo a muitos usuários.
Esse incômodo se deve à exigência de selecionar todas as imagens contendo bicicletas em uma sequência de fotos. Além do mais, tem a decodificação de letras e números frequentemente distorcidos.
Essas avaliações são criadas para garantir a segurança e proteção das informações. Assim, é possível assegurar que apenas um ser humano com a senha correta tenha acesso à sua própria conta. Apesar das vantagens, esse recurso pode estar chegando ao fim, pois foi superado por outras tecnologias.
O eventual fim do sistema CAPTCHA
É provável que você, como usuário, já tenha se deparado com esses pequenos testes. O mais comum deles é o de selecionar a opção que indica que a pessoa “não é um robô”.
Originalmente desenvolvido para evitar fraudes, esse sistema propõe tarefas simples. Estas, em tese, seriam impossíveis para robôs realizarem. Entretanto, com os avanços na tecnologia, o programa foi ultrapassado, passando a ser visto como uma maneira de fazer com que os usuários percam tempo.
Especialistas apontam que o captcha não é mais eficaz, já que é facilmente burlado pela inteligência artificial (IA). Além disso, há estudos que ressaltam os pontos negativos desse sistema. Por exemplo, a empresa Forter descobriu, por meio de pesquisas, que as companhias sofrem prejuízos financeiros significativos devido ao uso de captcha.
A organização Cloudflare demonstrou que as pessoas levam até 25 segundos para resolver o enigma virtual. Outros dados indicam que esse sistema pode trazer problemas de privacidade para os usuários. Dessa forma, dificultam o acesso de pessoas com deficiência aos sites, principalmente para aqueles com baixa visão.
Atualmente, as mudanças no mercado de sistemas de segurança trouxeram novidades, como o uso de máquinas que identificam automaticamente os visitantes legítimos da web. O programa pode desafiar o navegador da web a realizar testes específicos, utilizando detalhes para verificar se ele está sendo utilizado por um software automatizado.
Pontos negativos
A Forter, uma empresa especializada em tecnologia antifraude para varejistas e mercados online, estima que para cada dólar perdido devido a transações fraudulentas, uma empresa acaba rejeitando US$ 30 de clientes legítimos por engano, inclusive através do uso de captchas.
Segundo dados da Cloudflare, uma empresa de serviços de segurança na internet, as pessoas levam em média 25 segundos para resolver um captcha. Esses mecanismos também podem comprometer a privacidade dos usuários.
Quando você se depara com um captcha, a tecnologia pode manter um registro permanente da identidade do seu telefone ou computador. Com isso, rastreia todos os lugares em que você estiver online. Além disso, captchas tendem a ser desafiadores para pessoas com baixa visão ou outras deficiências.
O que acontecerá daqui para frente
Daqui para frente, por exemplo, se você tentar adquirir ingressos para um jogo de futebol, os sistemas novos desafiarão seu navegador da web para reproduzir qualquer trecho aleatório do texto. Posteriormente, ele tenderá a procurar por algumas pistas nas mínimas diferenças nas fontes do navegador Chrome utilizado no computador Mac ou no Windows. Com isso, identificará se está sendo controlado pelo software automatizado ou pela pessoa real.
A Apple diz que o app da emissão de ingressos pode detectar também se você se conectou à sua conta ou não, tornando mais provável que quem comprou seja mesmo um indivíduo e não uma espécie de programa automatizado. O mecanismo adicional garante a privacidade das informações para que não sejam indevidamente acessadas.
No futuro, apesar disso, novas formas para superar os sistemas surgirão. Hoje em dia, está óbvio que o captcha não é mais a melhor opção para a proteção dos indivíduos de atividades fraudulentas.