Caixa revela como vai ser o PAGAMENTO da 2ª parcela do auxílio de R$600
Após aglomerações e muitas filas no pagamento da primeira parcela, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, revelou como serão os pagamentos da segunda parcela do benefício.
O auxílio emergencial, pago no valor de R$600 aos brasileiros que tiveram suas rendas prejudicadas por conta da pandemia do novo coronavírus, tem expectativa agora de entrar na segunda parcela.
Após aglomerações e muitas filas no pagamento da primeira parcela, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, revelou como serão os pagamentos da segunda parcela do benefício.
Segundo Guimarães, os pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 serão feitos de maneira mais eficiente, com um cronograma com datas espaçadas para os repasses. Segundo ele, as filas diminuíram consideravelmente na maior parte das agências do país na última terça e a tendência é que sigam reduzindo.
Segundo informações da Caixa, o primeiro mês de pagamentos, abril, coincidiu com datas nos repasses feitos a mais de um grupo de cidadãos, o que ampliou ainda mais a demanda nos postos de atendimento. Por exemplo, houve uma ‘mistura’ de pagamentos a beneficiários do Bolsa Família e a outros cadastrados.
De acordo com alguns integrantes do banco, a sobreposição nos pagamentos ocorreu por que a cada lote de beneficiários aprovados para recebimento do auxílio, os pagamentos eram liberados pouco tempo depois.
A única foram de evitar essas sobreposições, segundo membros do banco, seria adiar os repasses até maio. No entanto, essa ideia estava fora de cogitação.
Segundo o presidente da Caixa, a operação de pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial vai ser mais fácil porque o banco já tem um cadastro de beneficiários organizado.
“O segundo lote de pagamentos será feito de maneira mais eficiente porque já temos a base de pessoas que receberão”, disse em entrevista coletiva.
A Caixa Econômica Federal (CEF) estendeu o horário de atendimento das suas agências de todo o Brasil. As unidades vão passar a funcionar, agora, de 8h às 14h. Inclusive, 1.102 agências já estavam funcionando nesse período desde o dia 22 de abril.
As alterações feitas pelo banco foram visando agilizar o atendimento e evitar grandes filas e aglomeração de pessoas que vão receber o auxílio de R$600. Segundo o banco, serão contratados mais 2.800 vigilantes, sendo que 2.000 já estão atuando, e mais 389 recepcionistas.
Na última sexta-feira, 1º de maio, a Caixa já havia revelado um pacote de medidas adicionais a fim de reforçar o atendimento. As medidas foram:
- realocação de mais de 3 mil funcionários para ampliar as equipes nas agências
- contratação de mais 2 mil vigilantes e 500 recepcionistas para orientação e atendimento ao público (no total, reforço de mais de 5,6 mil contratações)
- disponibilização de cinco caminhões-agência para atendimento em locais com maior necessidade
No próximo sábado, 09 de maio, serão abertas 1.400 agências para saque do auxílio emergencial, o que corresponde a um acréscimo de 498 novas agências funcionando, se comparado ao último sábado, 02 de maio, quando 902 atenderam a população.
Balanço do auxílio emergencial
Segundo informações da Dataprev, órgão público que tem a responsabilidade de analisar os cadastros do auxílio emergencial de R$600, dos 96,9 milhões de CPFs enviados à Caixa Econômica Federal para recebimento do benefício, 50,52 milhões atenderam aos critérios da lei e foram liberados para receber o benefício, o que equivale a cerca de 52,1% do total.
O auxílio emergencial é uma das medidas adotadas pelo Governo Federal visando amenizar os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Ainda de acordo com dados da Dataprev, que faz os registros dos pedidos junto ao Ministério da Cidadania, cerca de 33,8% dos cadastros não foram aceitos e não vão poder receber o benefício, o que equivale a 32,77 milhões de pessoas. Há, ainda, 13,67 milhões (o equivalente a 14,1%), que foram classificados como inconclusivos, por falta de informação nos cadastros.
Os dados divulgados são provenientes de resultados dos cadastros realizados pelos brasileiros entre os dias 07 e 22 de abril. Toda situação cadastral poderá ser acompanhada pelo aplicativo ou site oficial. Quem discordar do resultado da análise poderá solicitar novo cadastro.
O levantamento feito abrange três tipos de grupos. Todos têm o direito ao auxílio emergencial:
- Microempreendedores individuais (MEIs), contribuintes individuais (CIs) e trabalhadores informais)
- Inscritos no Cadastro Único e beneficiados pelo Programa Bolsa Família
- Inscritos no CadÚnico e não beneficiados pelo programa de transferência de renda.
GRUPO 1 – MEIs, CIs e também os informais (aplicativo e site oficial da Caixa)
- Cadastros efetuados: 46 milhões
- Cadastros processados: 44,9 milhões (97,7%)
- CPFs Elegíveis: 20,52 milhões CPFs
- Inelegíveis: 10,77 milhões CPFs
- Inconclusivos (precisam fazer revisão cadastral): 13,67 milhões
GRUPO 2 – (Cadastro Único e beneficiários do Programa Bolsa Família)
- Cadastros efetuados: 19,9 milhões
- Cadastros processados: 19,9 (100%)
- CPFs Elegíveis: 19,2 milhões (41,8 milhões de pessoas beneficiadas)**
- CPFs Inelegíveis: 0,7 milhões
**número registra os CPFs elegíveis + membros das famílias
GRUPO 3 – (Cadastro Único e não beneficiários do Programa Bolsa Família)
- Cadastros efetuados: 32,1 milhões
- Cadastros processados: 32,1 (100%)
- CPFs Elegíveis: 10,8 milhões. (21,6 milhões de pessoas beneficiadas)**
- CPFs Inelegíveis: 21,3 milhões
**número computa os CPFs elegíveis + membros das famílias
Saiba quem pode receber o auxílio emergencial
O projeto altera uma lei de 1993, que trata da organização da assistência social no país. Conforme o texto, durante o período de três meses será concedido auxílio emergencial de R$ 600 ao trabalhador que cumpra, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
- seja maior de 18 anos;
- não tenha emprego formal;
- não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o bolsa-família;
- a renda mensal per capita seja de até meio salário mínimos ou a renda familiar mensal total, seja de até três salários mínimos;
- que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70. Exigência excluída pela Câmara em 16/04/2020.
O auxílio vai ser cortado caso aconteça o descumprimento dos requisitos acima. O texto também deixa claro que o trabalhador deve exercer atividade na condição de:
- microempreendedor individual (MEI); ou contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social que trabalhe por conta própria; ou
- trabalhador informal, seja empregado ou autônomo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), até 20 de março de 2020, ou que se encaixe nos critérios de renda familiar mensal mencionados acima.
A proposta estabelece que apenas duas pessoas da mesma família poderão receber cumulativamente o auxílio emergencial e o benefício do Bolsa Família, podendo ser substituído temporariamente o benefício pelo auxílio emergencial, caso o valor da ajuda seja mais vantajosa para o beneficiário. A trabalhadora informa, chefe de família, vai receber R$ 1.200.