O novo preço da gasolina acabou de sair e continua preocupando os motoristas. Após duas semanas de alta, o valor do combustível se manteve estável novamente. Apesar de não ter ficado mais cara, você poderá conferir na matéria que acaba de sair hoje, que a gasolina segue com um preço muito alto, custando, em média, R$ 5,51 no Brasil.
A título de comparação, o valor médio nacional da gasolina na última semana de 2022 era de R$ 4,96. Isso quer dizer que o combustível acumula uma forte alta de 11,1% em 2023, pesando cada vez mais no bolso dos motoristas.
De acordo com o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina continuou sendo comercializada a R$ 5,51 no país pela terceira semana seguida. Contudo, alguns estados venderam o litro do combustível a mais de R$ 6,00.
A forte alta acumulada pela gasolina em 2023 aconteceu do final de fevereiro para cá. Em resumo, o combustível estava acumulando uma alta de apenas 2,4% neste ano até a semana encerrada em 25 de fevereiro, o que correspondia a 12 centavos por litro.
Entretanto, a partir da semana seguinte, o valor da gasolina disparou no país devido à retomada da cobrança do PIS/Cofins (impostos) sobre a gasolina e o etanol hidratado no início de março.
Preço da gasolina sobe no governo Lula
A saber, a ANP analisa os preços dos combustíveis em milhares de postos do país. Assim, divulga semanalmente os valores médios da gasolina, do etanol hidratado e do óleo diesel, revelando também os preços em cada unidade federativa (UF).
Embora a gasolina acumule uma forte alta em 2023, o seu valor está 24,31% menor que há um ano. Isso quer dizer que a gasolina, comercializada a R$ 5,51 na semana passada, está R$ 1,77 mais barata que no mesmo período de 2022, quando seu litro custava R$ 7,28, em média.
Para quem não sabe, o ex-presidente Jair Bolsonaro promoveu isenções sobre os combustíveis em junho do ano passado, com validade até 31 de dezembro. Dessa forma, reduziu os valores dos combustíveis, que estavam em patamar muito elevado no país à época.
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorrogou toda a desoneração, mas apenas por pouco tempo. Isso porque nem todos os combustíveis seguiram com desoneração de impostos no país. Veja abaixo as ações do governo Lula:
- Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular até 28 de fevereiro de 2023;
- Zerou a Cide, que é um imposto federal, sobre a gasolina até o dia 28 de fevereiro de 2023;
- Reduziu a zero as alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha até 31 de dezembro de 2023.
Assim, a gasolina e o etanol voltaram a ter impostos cobrados sobre seus preços no início de março, ficando mais caros no país. Entretanto, no acumulado de 12 meses, o saldo ainda é muito positivo para os motoristas, que estão pagando bem menos que em abril de 2022.
Contudo, o valor da gasolina estava 10% menor no final de 2022. E os motoristas estão sentindo o peso desse encarecimento no bolso agora em 2023.
Gasolina mais cara do país vem da região Norte
Na semana passada, o preço médio da gasolina se manteve estável no Brasil graças aos resultados variados observados nas regiões brasileiras.
Por um lado, o valor do combustível caiu no Nordeste (-0,18%) e no Sul (-0,18%). Por outro lado, a gasolina ficou mais cara no Norte (+0,52%), no Centro-Oeste (+0,37%) e no Sudeste (+0,37%).
Com o acréscimo desses resultados, os valores médios registrados nas regiões brasileiras foram os seguintes:
- Norte: R$ 5,85;
- Nordeste: R$ 5,59;
- Sul: R$ 5,51;
- Centro-Oeste: R$ 5,48;
- Sudeste: R$ 5,39.
Entre as unidades federativas (UFs), o preço médio da gasolina caiu em 14 delas, com destaque para Bahia (-1,37%), Sergipe (-1,30%), Piauí (-1,07%) e Rio Grande do Norte (-1,03%). Os demais recuos foram mais tímidos.
Em contrapartida, o valor do combustível subiu nas 12 UFs restantes. Os principais destaques foram Acre (+3,05%), Ceará (+2,08%), Mato Grosso do Sul (+1,55%) e Amazonas (+1,23%). Os demais avanços não superaram 1,00% de variação.
Com isso, os valores médios mais altos da gasolina foram registrados nos seguintes estados:
- Amazonas: R$ 6,58;
- Acre: R$ 6,09;
- Roraima: R$ 6,08;
- Rondônia: R$ 6,00;
- Ceará: R$ 5,90.
Em resumo, os estados da região Norte tiveram os maiores preços do país. Isso explica a posição da região no ranking nacional, figurando no primeiro lugar da lista.
Já na parte de baixo da tabela, com os preços mais acessíveis aos motoristas, ficaram as seguintes UFs:
- Amapá: R$ 5,20;
- Mato Grosso do Sul: R$ 5,23;
- Paraíba: R$ 5,24;
- Pernambuco: R$ 5,31;
- Rio Grande do Sul: R$ 5,31;
- Minas Gerais: R$ 5,32;
- Sergipe: R$ 5,32.
Por fim, os motoristas de todas as regiões brasileiras conseguiram encontrar preços um pouco menores da gasolina, já que várias UFs comercializaram o combustível a valores abaixo da média nacional, de R$ 5,51.