Empresas chinesas do comércio eletrônico, como Shein, Shopee e Aliexpress, estão enfrentando o risco de serem tributadas pela importação de seus produtos no Brasil. Devido ao alto número de vendas no mercado brasileiro, isso tem causado preocupações entre os congressistas, governos e empresas varejistas nacionais.
Os varejistas estão negociando com autoridades para tributar as vendas das empresas chinesas, como Shein, de forma mais adequada. O novo alerta é que a questão está sendo cogitada na Reforma Tributária em andamento no Congresso Nacional, mas, os varejistas estão buscando uma solução mais imediata para aumentar a competitividade das empresas brasileiras.
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Shein e a concorrência brasileira
Shein é uma empresa de moda online internacional que oferece uma ampla variedade de roupas, acessórios e outros itens de moda para mulheres, homens e crianças. No Brasil, a Shein enfrenta uma concorrência acirrada de outras empresas de moda online, incluindo:
- Amaro – Uma marca brasileira que oferece roupas, esportes e calçados femininos e masculinos. A empresa se concentra em fornecer uma experiência de compra personalizada, com sugestões de produtos preparatórios no histórico de compras do cliente;
- Dafiti – Loja online de moda que oferece roupas, calçados e acessórios para homens, mulheres e crianças. A empresa tem uma grande variedade de marcas nacionais e internacionais;
- Renner – Varejista de moda brasileira que oferece roupas, acessórios e calçados femininos, masculinos e infantis. A empresa também possui uma linha de moda casa e beleza;
- C&A – Varejista de moda que oferece roupas, acessórios e calçados para toda a família. A empresa tem uma grande presença no Brasil e oferece uma grande variedade de produtos a preços acessíveis.
Competitividade das empresas brasileiras com as internacionais, como a Shein
O presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), deputado Marco Bertaiolli, argumenta que as empresas brasileiras precisam ter a mesma competitividade das empresas chinesas. Ele destaca que o Brasil já recebe cerca de 500 mil pacotes diários da China, o que demonstra uma grande participação no mercado nacional.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também expressou seu descontentamento com a situação, criticando a compra de produtos sem o pagamento de impostos de importação. Ele afirmou que quer ter uma relação extraordinária com a China, mas que as empresas chinesas precisam pagar impostos no Brasil.
A Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional prevê a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Este, unificará os tributos atuais e estabelecerá um equivalente para produtos nacionais e importados. Isso significa que as empresas estrangeiras de comércio eletrônico terão que se registrar e se instalar no IVA.
No entanto, o período de transição previsto na reforma é longo e pode se estender até 2031. Por isso, as empresas varejistas estão pedindo ao governo que as compras de produtos importados sejam devidamente taxadas. Então, essa seria uma solução mais rápida para o problema.
Problema se estende para outros países
Essa questão não é exclusiva do Brasil, já que outros países, como os EUA, também estão lidando com a concorrência das empresas chinesas. O governo americano, por exemplo, impôs tarifas sobre produtos da Shein e Aliexpress em diversas ocasiões, o que gerou tensões comerciais entre as duas nações.
No entanto, é importante encontrar um equilíbrio entre a proteção da indústria nacional e a manutenção de relações comerciais saudáveis com outros países. É necessário incentivar a competitividade das empresas brasileiras por meio de políticas públicas. Estas devem estimular a inovação, a produtividade e a qualidade dos produtos. Sem contar que intenciona garantir também uma participação justa para todas as empresas que participam do mercado brasileiro.