O Mastercard junto ao Datafolha realizaram uma pesquisa que mostra que 56% dos brasileiros utilizam a biometria para proteger seus dados, porém cerca de 32% salva as suas senhas nos seus dispositivos e ainda 24% compartilham suas senhas com outras pessoas.
As duas práticas tanto a de salvar a senha no dispositivo quanto a de compartilhar com conhecidos são muito perigosas. Tais práticas podem facilitar o acesso de criminosos aos dados do usuário mesmo que o código só tenha sido compartilhado com uma pessoa de confiança.
Essa pesquisa foi realizada para traçar o perfil do brasileiro na hora de proteger seus dados com senha na rede, os resultados serão utilizados pela NuData Security, empresa que trabalha com inteligência artificial para criar produtos de segurança.
A NuData Security já oferece produtos de segurança que se utilizam de uma tecnologia que permite realizar a biometria não só por características físicas do usuário, como também pelos hábitos de cada um como, por exemplo: velocidade de digitação, a hora que cada um acessa o app do banco ou até mesmo nome de redes wifi.
Quais são os riscos de compartilhar a senha com conhecidos?
O compartilhamento das senhas com pessoas de confiança não parece ser um problema tão grande à primeira vista, afinal não há problema em compartilhar uma senha de algum serviço de streaming, por exemplo, com seu amigo certo? O problema desse tipo de compartilhamento ocorre quando você perde o controle sobre seus dados.
O Instituto The Harris Poll em conjunto com o Google realizaram uma pesquisa que demonstrou que cerca de 66% das pessoas utilizam a mesma senha em vários cadastros. E esse é o maior risco, pois ao dar acesso a uma única senha o usuário pode estar abrindo um leque de senhas possíveis para os criminosos se aproveitarem.
Caso o usuário, por exemplo, tenha compartilhado sua senha por meio de mensagem com um amigo próximo. Se alguém mal intencionado conseguir acesso a essa informação, seja roubando o celular ou por meio de golpes, a senha estará na mão de criminosos.
Com acesso a uma senha o criminoso pode por tentativa e erro conseguir acesso a muitos cadastros realizados pelo usuário, como serviços de streaming, redes sociais e até aplicativos de bancos. A cada cadastro acessado por meios ilegais o criminoso ganha mais e mais informações sobre o usuário o que torna cada vez mais fácil a aplicação de golpes e roubos, por exemplo.
Isso significa que não necessariamente a pessoa com quem o indivíduo compartilhou a senha vá utilizá-la de forma indevida. No entanto, caso essa pessoa seja acometida por golpes e roubos serão as suas informações que vão estar em jogo.
Cuidados a serem tomados com as senhas
Os primeiros cuidados devem ser tomados ao criar as senhas e também na hora de registrá-las para que não sejam esquecidas. É importante se certificar de que apenas o usuário saiba onde está armazenada, e também é importante criar combinações fortes sem números ou letras repetidas, por exemplo, e diversificá-las a cada cadastro novo que for realizado.
Senhas longas e que juntem palavras que juntas riem uma frase sem sentido são mais difíceis de serem quebradas. Elas são mais difíceis de serem violadas, pois, a maioria dos golpes utiliza informações contidas sobre o usuário na internet para por tentativa e erro descobrir a senha, dessa forma caso sua senha não faça nenhum sentido será mais difícil de descobri-la.
Outra ótima dica é nunca anotar sua senha no papel, nem no bloco de notas do celular e muito menos em mensagens instantâneas. O ideal para o armazenamento das senhas é um gerenciador, pois eles armazenam em ambiente criptografado. Além disso, alguns desses gerenciadores já criam combinações complexas para ajudar os usuários a se proteger.