Bolsonaro xinga de ‘idiota’ quem pede vacina
No mesmo dia que Bolsonaro chamou de idiota quem pede vacina, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a vacinação em massa. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (04). Guedes se manifestou por vídeo e declarou “primeiro, a saúde” porque “sem saúde, não há economia”.
De acordo com informações do G1, a assessoria confirmou que a gravação de Guedes foi feita nesta quinta-feira. Pela manhã, Bolsonaro chamou de idiota quem defende a compra de mais vacinas.
“Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo”, declarou o presidente.
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Guedes comemora aprovação da PEC Emergencial
O vídeo foi feito por Guedes, para comemorar a aprovação da PEC Emergencial no Senado nesta quinta-feira. O ministro dá declarações ao lado do senador Márcio Bittar (MDB-AC), que é relator do texto.
“Nós precisamos de saúde, emprego e renda. Primeiro, a saúde. Sem saúde, não há economia. E, da mesma forma, a vacinação em massa é o que vai nos permitir manter a economia em funcionamento”, afirma Guedes em vídeo publicado.
“Essa é a nossa pauta e nós vamos enfrentar esse desafio terrível que nós estamos enfrentando com a mesma coragem, a mesma determinação e a mesma cooperação de sempre”, finalizou o ministro.
Declarações de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro deu declarações polêmicas a cerca do distanciamento social nesta quinta-feira. Ele chegou a mencionar “frescura” e “mimimi”. A declaração foi dada em um evento em São Simão, sudoeste de Goiás.
A fala aconteceu um dia depois de o estado registrar recorde de pessoas que foram a óbito por complicações da Covid-19.
Mais cedo, nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em Uberlândia (MG) que “tem idiota” que pede ao governo que compre mais vacinas contra a Covid-19.
“Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”, disse o presidente.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) de Goias, até esta quinta-feira o número de óbitos devido a Covid-19 ultrapassou 8,7 mil. Ao menos três variantes do vírus já foram identificadas.
“O estado é de calamidade. O sistema de saúde nunca esteve tão pressionado. Sem dúvida, estamos no momento mais crítico que a saúde vive desde o início da pandemia”, destacou o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.