Bolsonaro manda Guedes tirar dinheiro “de onde for”; saiba por que

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta sexta-feira (25) que o presidente Jair Bolsonaro pediu para ele tirar dinheiro “de onde for” com intuito de utilizar o dinheiro para fazer obras em estradas.

“O presidente outro dia nós chamou e falou: Tira dinheiro de onde for, tira de qualquer dinheiro e deu um número, prefiro não dizer qual é agora, eu quero tanto de dinheiro para o Tarcísio (de Freitas, ministro da Infraestrutura) nos próximos 3 ou 4 dias, tem que ter esse dinheiro porque senão vai afetar a degradação das estradas brasileiras”, contou Guedes.

O ministro então explicou que deve fazer essa reorganização do orçamento.

“Nós vamos arrumar o dinheiro, mas como estamos embaixo do teto (de gastos), dois minutos depois um outro ministro vai dar um pulo em outro lugar e falar: está tirando meu dinheiro daqui. Eu tenho que dizer: é a política, enquanto não assumirmos o controle dos orçamentos, estamos presos embaixo deste teto, esse desgraçado desse teto, mas que no fundo é o que tem nos permitido não desorganizar a economia enquanto estamos lutando com a pandemia”, explicou.

Destinação do dinheiro e orçamento

O orçamento é definido no início do ano e sancionado pelo presidente. Essa não é a primeira vez que Bolsonaro teria dado tal ordem para Guedes de reorganizar o orçamento. Veja aqui. 

Mercosul e cenário ambiental

O ministro da Economia também comentou os acordos de livre comércio do Mercosul. Ele admitiu que  que o país “andou errado” na questão ambiental por anos, e mesmo que o trabalho nesta área tenha sido feito agora, já há uma opinião formada no exterior.

Sem provas, ele afirmou que haveria nações má intencionadas neste assunto e estariam aproveitando o cenário para atacar o Brasil.

“A verdade é que lá fora já tem quase que um julgamento e um veredito contra o Brasil, pode ter parte que nós cometemos erros, pode ter parte que são alegações de quem perdeu as eleições anteriores e querem denegrir o governo atual e pode ter parte que são interesses privados lá de fora, por exemplo, há nações que são protecionistas e temem a potência, a competência do nosso agronegócio e usam o ambiente como disfarce para fazer um ataque comercial”, finalizou.

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