Nesta quinta-feira (03) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou para apoiadores que o Brasil enfrenta a maior crise hídrica, mesmo assim estaria indo bem. As falas foram ditas no Palácio da Alvorada.
“Apesar dos problemas, ‘tá’ indo bem o Brasil, né? E tem gente incomodada com isso”, defendeu Bolsonaro ele depois de um passeio de moto em Formosa (GO), cidade que fica a 80 km de Brasília.
“Energia: estamos com problema, a maior crise hídrica da história do Brasil. Apesar disso, tá indo bem. É que não tem roubalheira, né? Avisar o presidente [Omar Aziz], o relator da CPI [Renan Calheiros] que não tá tendo roubalheira”, continuou ele.
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Crise hídrica
A falta de chuvas tem causada um desabastecimento nas usinas hidrelétricas do país. Para se ter uma ideia do tamanho da crise, pelo menos um quarto dos reservatórios das usinas está com menos de 30% do nível. Ainda 10 dos 39 reservatórios se encontram no limite de reserva.
Neste cenário, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a possibilidade de um apagão e levou a hipótese se oferecer descontos na conta de luz para incentivar que a energia seja consumida por grandes empresas fora do horário de pico. Ele ainda comentou que diante da crise hídrica tem estudado diversas medidas.
“Todas as medidas estão sendo analisadas. Não podemos ser surpreendidos. Então, tudo está sendo considerado, inclusive deslocar o pico de demanda. Aí você dá muito mais segurança e consegue reduzir o custo [da energia]. Estamos conversando com os grandes consumidores e vamos trabalhar isso de forma transparente antes de tomarmos qualquer decisão”, contou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O ministro ainda destacou que a dependência das hidrelétricas é um problema e que o Brasil ainda é dependente de 64% deste tipo de geração. Uma saída definitiva para a relação crise hídrica geração de energia, de acordo com Albuquerque, seria reduzir essa dependência para 48% nos próximos 10 anos.
Preço da energia e crise hídrica
Com o preço da geração de energia em alta, devido ao acionamento das termelétricas, o consumidor também deve sentir o impacto na conta de luz que deve ficar mais cara.
Ao menos neste mês de junho, a conta está no nível mais alto de cobrança – que é acionado quando há condições mais custosas de geração de energia.
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