Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez nova declaração sobre a prorrogação do auxílio emergencial. Durante evento em Foz do Iguaçu, o presidente se mostrou contrário a estender o benefício mais uma vez. Atualmente, o programa paga parcelas de R$ 300 para os beneficiários. O auxílio finaliza os pagamentos no dia 31 de dezembro.
“Nada mais dignifica o homem do que trabalho, é o que nós precisamos. Temos internamente os nossos problemas, ajudamos o povo do Brasil com alguns projetos, por ocasião da pandemia. Você [Benítez] fez o mesmo no Paraguai, aqui do lado. Alguns querem perpetuar tais benefícios, ninguém vive dessa forma, é o caminho certo para o insucesso”, afirmou Bolsonaro, se referindo ao presidente do Paraguai, que estava no local.
Nas redes sociais, o presidente afirmou ainda que há risco de apagão no Brasil, se nada for feito. Bolsonaro se referia aos baixos níveis da água em represas de hidrelétricas.
Também recentemente, o presidente comentou uma possível prorrogação do auxílio conversando com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto. Ao ser perguntado por um apoiador se o programa seria prorrogado, o presidente respondeu: “Pergunta para o vírus”. Em seguida, Bolsonaro completou que o governo se prepara para todos os cenários, mas “tem que esperar certas coisas acontecerem”.
Paulo Guedes, ministro da Economia do governo, também já se mostrou contrário à ideia de prorrogar o programa diversas vezes. Mais recentemente, o ministro afirmou que não há probabilidade alguma ou qualquer discussão sobre o tema no governo.
O auxílio emergencial foi criado para pagar três parcelas de R$ 600 aos trabalhadores mais vulneráveis. Em seguida, foi prorrogado para mais duas parcelas de R$ 600. Por fim, foi prorrogado para mais quatro parcelas de R$ 300. Neste último caso, nem todos têm direito ao pagamento. Apenas as cinco parcelas de R$ 600 são garantidas a todos os aprovados.
Guedes afirma que economia volta em V sem auxílio emergencial
Recentemente, Paulo Guedes afirmou que a atividade econômica do Brasil está em fase de recuperação e que está voltando em V. Guedes afirmou que o avanço abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre teve influência de revisões que levaram os resultados de antes para cima.
“É a economia voltando, voltando em V como dissemos antes. Houve revisões em trimestres anteriores, com crescimento um pouco para cima, então veio um pouquinho abaixo do esperado. Mas o fato é que a economia está voltando em V, realmente está voltando”, afirmou Guedes.
Guedes comentou o relatório que o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta semana. No relatório, o FMI falou que as autoridades brasileiras devem estar preparadas para dar apoio adicional na área fiscal. Para Guedes, isso significa que o FMI quer retirar os programas criados durante a pandemia gradualmente. “O FMI está sugerindo o que estamos fazendo, que a retirada dos estímulos seja gradua”, disse ele.
Em seguida, Guedes falou sobre o auxílio emergencial de R$ 600, que atualmente já paga parcelas de R$ 300 e termina o calendário em dezembro de 2020. “Então a retirada está sendo gradual, exatamente como eles estão recomendando. Tanto que saiu uma apreciação deles elogiando o programa brasileiro. O Brasil foi uma das economias que voltaram com mais velocidade”, opinou Guedes.
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