Bolsas no ‘azul’; Fed e PIB de 1% para 2022 pautam Ibovespa de quinta

A declaração criou o chamado cenário “azul sem nuvens”, definindo o panorama mundial.

O Federal Reserve (Fed) anunciou a retirada dos estímulos monetários à economia ianque, ressaltando a alta dos juros dos EUA, em 2020. A declaração criou o chamado cenário “azul sem nuvens”, definindo o panorama mundial.

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Retirada rápida: Conforme a decisão do Federal Open Market Committee (FOMC), do montante de US$ 120 bilhões ‘injetados’ mensalmente no mercado estadunidenses, cerca de US$ 30 bilhões serão retirados a partir de janeiro (US$ 20 bilhões de títulos do Tesouro e os demais US$ 10 bilhões de títulos lastreados em hipotecas).

Primeira redução: De modo geral, esta será a segunda redução, pois no mês novembro já houve uma redução de US$ 15 bilhões (10 bilhões em compras de títulos do Tesouro americano e 5 bilhões em títulos indexados a hipotecas).

Três reajustes: Com a confirmação do Fed (no intervalo inicial de 0% a 0,25%), a taxa de juros será reajustada por três vezes ao longo do próximo ano, o mesmo valerá para o ano 2023.

Calibragem precisa: Devido a reação positiva dos mercados, considera-se que a ‘calibragem’ do Fed foi precisa, a fim de conter a alta da inflação local. A taxa passou a crescer com a retomada da economia, no entanto, ainda é sujeita a impactos de ofertas decorrentes o período pandêmico.

Programação ‘alterável’: De todo modo, segundo a autoridade monetária ianque, tanto a programação do tapering quanto a dos juros, poderá ser alterada conforme a evolução da economia local, tendo em vista a superação da crise viral e respectivas variantes, mediante avanço da campanha da vacinação no país.

Condições ‘acomodatícias’: No texto divulgado nessa quarta (15), a instituição afirma que “as condições financeiras gerais permanecem acomodatícias, em parte refletindo medidas de política para apoiar a economia e o fluxo de crédito para famílias e empresas dos EUA”.

Atividade mais fraca: Segundo analistas, as medidas anunciadas pelo Fed vão fazer com que a atividade econômica, em médio e longo prazo, se torne ‘mais fraca’, a ressaltar a convergência entre as curvas de juros, o que pode atrasar ainda mais o estado empregatício pleno.

Migração de investidores: Embora tenha se detectado reação favorável por parte dos mercados, com relação aos países emergentes, a perspectiva da alta dos juros da principal economia do planeta não é uma boa notícia, uma vez que os reajustes monetários elevam significativamente os rendimentos dos títulos do Tesouro Americano, beneficiando a migração de investimentos para os EUA, que oferecem mais segurança e rentabilidade no momento.

Preocupação com variante: Ao considerar como prioridade o combate à inflação crescente, Jerome Powell, presidente do Fed, se mostrou preocupado com os eventuais danos que o avanço da variante ômicron pode provocar, além do uso da mão-de-obra, o que geraria uma elevação de custos.

Apertos monetários: Após o anuncio do Fed, o Banco da Inglaterra (BoE) e o Banco Central Europeu (BCE) anunciaram seus respectivos apertos monetários, a fim de derrubar a crescente inflação no ‘velho continente’.

Agenda EUA: Também foram divulgados nos EUA, dados sobre a construção civil, em novembro; pedidos de auxílio-desemprego semanal (projeção de 200 mil pedidos, pela consultoria Refinitiv; produção industrial de novembro (projeção de avanço de 0,7% em relação a outubro; e do índice de gerente de compras (PMI) relativo à indústria e de serviços preliminares de dezembro.

Novo recuo do PIB: Segundo o relatório da inflação divulgado pelo Banco Central na última quinta-feira (16), a estimativa é que haja uma queda no PIB tupiniquim (de 4,7% para 4,4%) este ano. Para 2022, o crescimento do PIB ficou mais insignificante, ao cair de 2,1% para 1%.

IPCA a 10,2%: No que se refere a taxa inflacionária deste ano (variação do IPCA, o índice oficial), a projeção é que seja encerrada em 10,2%; e em 4,7% no ano que vem. De acordo com estimativa do BC, há 41% de chance de o IPCA ultrapassar o teto da meta inflacionária em 2022.

Petróleo avança: O petróleo está avançando por meio da demanda impulsionada pela commoditie nos EUA, refletindo a decisão do Fed de ‘combater a inflação’.

Reajustes salariais: Visto que a PEC dos Precatórios avançou no Congresso, o Governo Federal solicita um montante de R$ 2,5 bilhões para o reajuste salarial da Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Departamento Penitenciário.

Governo contra-ataca: Devido à resistência do Senado Federal, o governo passou a defender a privatização dos Correios, inclusive, após estabelecer um prazo para aprovação do respectivo projeto de lei no Congresso. A intenção é concluí-lo antes do final do mandato presidencial, no ano que vem.

Promessa ‘furada’: O Senado aprovou o texto-base do relator da reforma do Imposto de Renda (IR), o senador Angelo Coronel. A medida corrige a tabela para a Pessoa Física, passando a faixa de isenção de R$ 1,9 mil para R$ 3,3 mil mensais.

Infecção diminuiu: Segundo o diário da pandemia, houve um recuo de 31% do número de casos no país (150) considerando a média de mortes em sete dias, ao comparar com 14 dias antes.

Principais indicadores

  • Estados Unidos (futuro);
  • Dow Jones, +0,46%;
  • S&P 500, +0,57%;
  • Nasdaq, +0,72%.

Ásia

  • Nikkei (Japão), +2,13% (fechado);
  • Shanghai SE (China), +0,75% (fechado);
  • Hang Seng Index (Hong Kong), +0,23% (fechado);
  • Kospi (Coreia do Sul), +0,57% (fechado).

Europa

  • FTSE 100 (Reino Unido), +1,17%;
  • Dax (Alemanha), +1,85%;
  • CAC 40 (França), +1,39%;
  • FTSE MIB (Itália), +1,23%.

Commodites

  • Petróleo WTI, +1,10%, a US$ 71,65 o barril;
  • Petróleo Brent, +0,89%, a US$ 74,54 o barril;
  • Minério de ferro, +2,75%, a 673,00 iuanes ou US$ 105,71 (Bolsa de Dalian – China).

Criptomoedas

  • Bitcoin, +0,57% a US$ 48.835,30.
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